"Não trafique. Não seja só uma opção. Respeite a vida, o ser humano. Quero que você me entenda. A vida não tem preço, não pode estar à venda”. Os versos do rap produzido pelo Grupo Hip Hop Pró-ativo, da cidade satélite de Brazlândia, no Distrito Federal (Brasil), têm multiplicado pela região a mensagem de enfrentamento ao tráfico de seres humanos. Através de visitas às escolas, jovens da cidade realizam o trabalho de levar informação e esclarecimento para a juventude.
A proposta de juntar Hip Hop com o tema do tráfico de pessoas surgiu pela atuação de Paulo Humberto, coordenador do grupo, junto ao Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos do Distrito Federal (Cecria). "Utilizamos a música como instrumento de aproximação com os jovens. É uma linguagem de fácil entendimento que fala das questões envolvidas no tráfico de seres humanos”, explica Paulo, autor da música.
O rap virou clipe e é exibido em apresentações realizadas pela cidade, mas também em outras regiões. A produção "caseira”, como chama o coordenador, foi toda realizada pelos jovens e financiada pelo Cecria. De acordo com Paulo, a ação de realizar um produto que fale sobre a questão do tráfico de seres humanos também contribui para que a juventude compreenda melhor o tema e impulsione a responsabilidade de toda a comunidade.
Paulo relembra que o trabalho de dialogar com a juventude sobre o tema foi crescendo aos poucos e conquistou novos adeptos. Hoje, além da turma do Hip Hop, estudantes de ensino médio também colaboram com as palestras nas escolas, realizando apresentações artísticas e esclarecendo outros estudantes sobre a importância da denúncia nos casos suspeitos de tráfico.
"Exibimos o vídeo, dançamos e conversamos. É uma forma de atrair a juventude, pois muitos não têm noção do que se trata, antes de apresentarmos a questão”, afirma Paulo Humberto. Ele ressalta que o trabalho já vem rendendo frutos. Paulo conta que logo após a realização de uma palestra em uma escola, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia. "Infelizmente, a pessoa denunciada fugiu e não pode mais ser encontrada”, relata.
O exemplo, no entanto, demonstra que a proposta do grupo de favorecer a denúncia vem sendo alcançada. "Explicamos que se trata de uma atividade altamente lucrativa e de baixo risco. As forças que deveriam conter [o crime] não contêm e alguns ainda encontram-se envolvidos”, afirma o coordenador. Ele relatou ainda casos em que se verifica a participação de políticos e funcionários públicos.
Assista ao clipe Não Trafique em http://www.youtube.com/watch?v=K2q_ihGgBqo
Tráfico de Pessoas
O Brasil é classificado como um país de origem, trânsito e destino de vítimas do tráfico de pessoas. Goiás, estado vizinho ao Distrito Federal, é o que lidera o ranking com maior número de casos de tráfico no país. O Ministério da Justiça (MJ) estima que por ano cerca de 100 mil brasileiras/os sejam vítimas do tráfico de pessoas.
De acordo com o Observatório de Segurança Pública de São Paulo, o tráfico de pessoas está "fortemente” atrelado à exploração sexual, ao comércio de órgãos, à adoção ilegal, à pornografia infantil, às formas ilegais de imigração com objetivo de explorar o trabalho em condições similares à escravidão, ao contrabando de mercadorias, ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas.
O Governo brasileiro, através do Ministério de Relações Exteriores, disponibiliza diversas maneiras de receber denúncias. Confira no Portal Consular (http://www.portalconsular.mre.gov.br/destaques/disque-denuncia-trafico-d...).
Por: Camila Maciel, Jornalista da Adital
Fonte: Adital
A proposta de juntar Hip Hop com o tema do tráfico de pessoas surgiu pela atuação de Paulo Humberto, coordenador do grupo, junto ao Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos do Distrito Federal (Cecria). "Utilizamos a música como instrumento de aproximação com os jovens. É uma linguagem de fácil entendimento que fala das questões envolvidas no tráfico de seres humanos”, explica Paulo, autor da música.
O rap virou clipe e é exibido em apresentações realizadas pela cidade, mas também em outras regiões. A produção "caseira”, como chama o coordenador, foi toda realizada pelos jovens e financiada pelo Cecria. De acordo com Paulo, a ação de realizar um produto que fale sobre a questão do tráfico de seres humanos também contribui para que a juventude compreenda melhor o tema e impulsione a responsabilidade de toda a comunidade.
Paulo relembra que o trabalho de dialogar com a juventude sobre o tema foi crescendo aos poucos e conquistou novos adeptos. Hoje, além da turma do Hip Hop, estudantes de ensino médio também colaboram com as palestras nas escolas, realizando apresentações artísticas e esclarecendo outros estudantes sobre a importância da denúncia nos casos suspeitos de tráfico.
"Exibimos o vídeo, dançamos e conversamos. É uma forma de atrair a juventude, pois muitos não têm noção do que se trata, antes de apresentarmos a questão”, afirma Paulo Humberto. Ele ressalta que o trabalho já vem rendendo frutos. Paulo conta que logo após a realização de uma palestra em uma escola, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia. "Infelizmente, a pessoa denunciada fugiu e não pode mais ser encontrada”, relata.
O exemplo, no entanto, demonstra que a proposta do grupo de favorecer a denúncia vem sendo alcançada. "Explicamos que se trata de uma atividade altamente lucrativa e de baixo risco. As forças que deveriam conter [o crime] não contêm e alguns ainda encontram-se envolvidos”, afirma o coordenador. Ele relatou ainda casos em que se verifica a participação de políticos e funcionários públicos.
Assista ao clipe Não Trafique em http://www.youtube.com/watch?v=K2q_ihGgBqo
Tráfico de Pessoas
O Brasil é classificado como um país de origem, trânsito e destino de vítimas do tráfico de pessoas. Goiás, estado vizinho ao Distrito Federal, é o que lidera o ranking com maior número de casos de tráfico no país. O Ministério da Justiça (MJ) estima que por ano cerca de 100 mil brasileiras/os sejam vítimas do tráfico de pessoas.
De acordo com o Observatório de Segurança Pública de São Paulo, o tráfico de pessoas está "fortemente” atrelado à exploração sexual, ao comércio de órgãos, à adoção ilegal, à pornografia infantil, às formas ilegais de imigração com objetivo de explorar o trabalho em condições similares à escravidão, ao contrabando de mercadorias, ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas.
O Governo brasileiro, através do Ministério de Relações Exteriores, disponibiliza diversas maneiras de receber denúncias. Confira no Portal Consular (http://www.portalconsular.mre.gov.br/destaques/disque-denuncia-trafico-d...).
Por: Camila Maciel, Jornalista da Adital
Fonte: Adital
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