segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Assembleia Legislativa celebra 90 anos do nascimento de Paulo Freire

Assembleia Legislativa celebra 90 anos do nascimento de Paulo Freire

Considerado um dos mais importantes educadores do século XX, Paulo Freire recebeu homenagem da Assembleia Legislativa no último dia 22 de setembro, durante o Grande Expediente Especial pelos seus 90 anos de nascimento. O evento foi solicitado pela deputada Teresa Leitão (PT) e reuniu professores e admiradores do pedagogo. 
Natural do Recife, Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, e morreu em 2 de maio de 1997, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por complicações cardíacas. 
Formado em Direito, em 1947, pela Faculdade de Direito do Recife, iniciou a experiência com alfabetização de adulto quando era diretor do Departamento de Educação e Cultura do Sesi. O golpe militar de 1964 o impediu de continuar coordenando o Plano Nacional de Alfabetização, criado pelo então presidente da República João Goulart. 
Após ser exilado na Bolívia, o educador seguiu para o Chile, onde permaneceu por cinco anos. A principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969, e detalha o método para alfabetizar adultos. Ele recebeu importantes Prêmios, a exemplo do Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992). 
“Freire desafia a sociedade a ecoar o grito dos oprimidos e a valorizar a autonomia, exigindo que os educadores sejam especiais no desempenho da tarefa”, observou Teresa. Uma das maiores contribuições do homenageado, segundo a petista, é a tese de que educar é um ato político, portanto inexiste neutralidade pedagógica. “Esse conceito vincula o ensino à construção de um projeto de sociedade”, avaliou. 
O presidente do Centro Paulo Freire de Estudos e Pesquisas, Agostinho Rosas, recebeu uma placa alusiva à data. “A homenagem celebra um pensador que ousou lutar pela libertação dos povos. Celebra o reconhecimento à vida e exalta uma obra necessária, se o desejo for de construir uma sociedade mais livre e aberta ao dialogo e à crítica”, comentou. 

Fonte: Boletim Eletrônico Dep. Teresa Leitão/Setembro 2011

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