O padrão de rádio digital a ser escolhido é decisivo para as emissoras comunitárias. O governo federal criou uma portaria no ano passado estabelecendo o sistema de rádio digital. Isso foi às vésperas da saída do ex-ministro das comunicações, Hélio Costa.
Porém, o debate sobre a escolha de padrão ainda não foi travado com a nova composição do ministério. O padrão a ser escolhido pode afetar seriamente a situação das rádios comunitárias. Isso porque a existem opções que usam softwares proprietários, ou seja, pagos.
Arthur William, pesquisador de rádio digital que integra do Coletivo Intervozes, explica que o padrão norte-americano, o HD rádio, por exemplo, é proprietário e pode custar R$ 10 mil por ano às rádios. Esse valor seria inviável para qualquer emissora comunitária. Já os padrões DRM e SBD são baseados em software livre.
As rádios comerciais, principalmente as da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), defendem a adesão ao padrão HD rádio, pois garantiria menos concorrência devido ao alto custo. Já os movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação querem que a escolha do padrão de rádio digital passe por consultas e audiências públicas.
Arthur William explica que existe o interesse da sociedade civil em garantir, não apenas melhor qualidade, mas também multiprogramação, interatividade e diversidade de canais. Ele explica que essas possibilidades existem com o uso de padrões que apostam no software livre. Para Arthur, a política garantiria que mais acesso ao direito à comunicação.
Fonte: Pulsar
Arthur William, do Coletivo Intervozes, fala sobre os diferentes interesses na escola do padrão de rádio digital. - 43 seg seg. (688 KB)
Arthur William, do Coletivo Intervozes, diz que debate sobre rádio digital entre sociedade e governo é central. - 52 seg seg. (827 KB)
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