sábado, 29 de outubro de 2011

Instituto C&A lança publicação sobre os novos rumos estabelecidos pelas redes sociais

 

O Instituto C&A promoveu no dia 27 de setembro o lançamento do livro Vida em rede: conexões, relacionamentos e caminhos para uma nova sociedade. Reunindo oito artigos, a publicação tem como objetivo disseminar conceitos, ideias e reflexões sobre a atuação social em rede, evidenciando a importância desse modelo de organização para a transformação de realidades complexas e refletindo sobre os processos desta natureza que têm proliferado no campo dos direitos de crianças e adolescentes.

A ideia é que o encontro promova um espaço informal de debates no qual estejam inseridos, entre outros assuntos, os aspectos constitutivos de uma rede; a forma como potencializa o processo democrático e de que maneira isso impacta as ações de advocacy e incidência realizadas pelos atores da sociedade civil; o que os investidores devem considerar ao apoiar redes; e quais os principais desafios práticos. Especificamente, busca analisar ainda como o paradigma das redes foi incorporado à visão sobre os direitos da criança e do adolescente contida no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e como o Sistema de Garantia de Direitos tem se construído nesta perspectiva de rede. “Nosso trabalho de apoio às redes persegue o objetivo de promover a cooperação, a convergência e a multiplicação de esforços entre organizações e pessoas, de modo a contribuir para a garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. É dada ênfase ao direito à educação, mas sabemos que sua garantia depende também da conquista de outros direitos, por isso a abrangência da proposta”, explica Paulo Castro, diretor-presidente do Instituto C&A, no prefácio do livro.

No capítulo Um breve olhar sobre as redes do campo dos direitos da criança e do adolescente, Ciça Lessa, secretária executiva da Rede ANDI Brasil, resgata o processo de organização dos atores envolvidos na defesa dos direitos de meninos e meninas no contexto de elaboração do ECA. Para ela, a articulação desses atores, unidos com o propósito de construir o marco legal, resultou em uma atuação democrática cujo modelo de rede “deixou como saldo também uma primeira e exitosa experiência de articulação”, referindo-se ao Fórum Nacional Permanente de Entidades Não Governamentais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum Nacional DCA).

Ainda de acordo com a secretária executiva da Rede ANDI, as redes no campo sociopolítico dos direitos da criança têm como característica o enfrentamento de problemas específicos, atuando pela formulação de políticas e para garantir o atendimento integral de crianças, adolescentes e suas famílias. “O fenômeno que se apresenta pode, assim, ser entendido - para além do feixe de fluxos de cada uma dessas redes - como a dinâmica de constituição de um tecido social que a articulação de atores institucionais, interagindo de forma colaborativa e guiados por objetivos compartilhados, pretende criar e fortalecer: uma sociedade comprometida com a defesa e a promoção dos direitos de crianças e adolescentes", ressalta Ciça Lessa.

Após o lançamento do livro, evento restrito a parceiros e convidados do Instituto C&A, representantes de algumas redes apoiadas pela organização permaneceram em São Paulo, no dia 28 de setembro, para um encontro de formação e troca de experiências.

Conexões entre os autores

Os artigos são de autoria de cinco especialistas na área:

- Cássio Martinho, jornalista e consultor em gestão de redes;
- Ciça Lessa, mestre em Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e secretária-executiva da Rede ANDI Brasil;
- Ilse Scherer-Warren, pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Londres e professora titular de Sociologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
- Dalberto Adulis, mestre em Administração pela Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA/USP) e diretor-executivo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças (ABDL);
- Ricardo Wilson-Grau, consultor em planejamento, monitoramento e avaliação de redes internacionais de mudança social.

Tecendo a Rede

O programa Redes e Alianças tem o objetivo de promover a cooperação, a convergência e a multiplicação de esforços entre organizações e pessoas, de modo a contribuir para a garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. Uma das formas de atuação do programa é a promoção, fomento e disseminação da produção de conhecimento sobre redes, daí a proposta de editar um livro sobre o assunto.

A relação de iniciativas apoiadas inclui a Rede ANDI Brasil, a Oficina de Imagens, o Grupo de Trabalho (GT) Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária, o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA) e a Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP).

Clique aqui e obtenha a íntegra do livro Vida em rede: conexões, relacionamentos e caminhos para uma nova sociedade.

Fonte: www.direitosdacriança.org.br

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