As mulheres negras são as preferidas dos aliciadores de redes
internacionais de prostituição responsáveis pelo tráfico de pessoas.
Embora as causas sejam complexas, os problemas sociais e econômicos são
apontados como os principais motivos para o crescimento da atividade.
Esses dados foram apresentados, ontem, no 6º Curso de Multiplicador para
Atenção Humanizada a Vítimas de Violência Sexual e Doméstica, no
auditório da Maternidade Municipal Dr. Moura Tapajóz, Zona Oeste.
De acordo com a assistente técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Cláudia Araújo, os aliciadores acreditam que a negra "é um produto que dura mais". "Para os aliciadores, as mulheres negras, fisicamente falando, possuem estrutura de corpo mais resistente e são mais resistentes aos sofrimentos físico e psicológico, e são bonitas também", disse.
Outro fator que incentiva a preferência pelas negras, conforme Cláudia, é a aparência de jovem, apesar da idade que elas possam ter.
Na Região Norte, segundo ela, a fronteira com o Suriname concentra os maiores problemas. "Há locais, nos quais as mulheres atravessam a rua e já estão em outro país", explicou a técnica do Ministério da Saúde.
Desigualdade
Para Cláudia Araújo, a desigualdade entre mulheres negras e o restante da população começa cedo. "No Brasil, historicamente, a população negra está na situação de desigualdade social e nós não reconhecemos que a maioria da população pobre, desempregada, que passa fome, de pouca escolaridade e com filhos pequenos é negra", disse.
Ela lembrou também, que mulheres e homens da raça negra, foram os primeiros a experimentar o tráfico de pessoas, quando foram transportados da África para o Brasil. "Pessoas negras estão em maior situação de vulnerabilidade para o tráfico de pessoas, para o trabalho escravo, enfim, para várias situações de exploração e servidão", destacou, dizendo também, que toda a população pode estar vulnerável, mas "quem é mais desprotegido socialmente" está mais exposto a tal situação.
Dados apresentados pela técnica da Saúde da Mulher, revelaram que 70% das pessoas vítimas do tráfico de pessoas no Brasil, são mulheres adolescentes afrodescendentes, com documentos falsificados e são aliciadas para a exploração sexual ou mão-de-obra escrava.
As informações mostraram também, que, de 2010 a 2012, a Polícia Federal registrou mais de 1,9 mil rotas de tráfico nacional de mulheres e 230 rotas de tráfico internacional.
Crescimento
Outro dado oficial apresentado no curso de ontem indica que exploração sexual de homens representa 20% do total do tráfico de pessoas no Brasil.
Fonte: Portal Geledés
Por: Milton de Oliveira, de 'ACritica.com'
De acordo com a assistente técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Cláudia Araújo, os aliciadores acreditam que a negra "é um produto que dura mais". "Para os aliciadores, as mulheres negras, fisicamente falando, possuem estrutura de corpo mais resistente e são mais resistentes aos sofrimentos físico e psicológico, e são bonitas também", disse.
Outro fator que incentiva a preferência pelas negras, conforme Cláudia, é a aparência de jovem, apesar da idade que elas possam ter.
Na Região Norte, segundo ela, a fronteira com o Suriname concentra os maiores problemas. "Há locais, nos quais as mulheres atravessam a rua e já estão em outro país", explicou a técnica do Ministério da Saúde.
Desigualdade
Para Cláudia Araújo, a desigualdade entre mulheres negras e o restante da população começa cedo. "No Brasil, historicamente, a população negra está na situação de desigualdade social e nós não reconhecemos que a maioria da população pobre, desempregada, que passa fome, de pouca escolaridade e com filhos pequenos é negra", disse.
Ela lembrou também, que mulheres e homens da raça negra, foram os primeiros a experimentar o tráfico de pessoas, quando foram transportados da África para o Brasil. "Pessoas negras estão em maior situação de vulnerabilidade para o tráfico de pessoas, para o trabalho escravo, enfim, para várias situações de exploração e servidão", destacou, dizendo também, que toda a população pode estar vulnerável, mas "quem é mais desprotegido socialmente" está mais exposto a tal situação.
Dados apresentados pela técnica da Saúde da Mulher, revelaram que 70% das pessoas vítimas do tráfico de pessoas no Brasil, são mulheres adolescentes afrodescendentes, com documentos falsificados e são aliciadas para a exploração sexual ou mão-de-obra escrava.
As informações mostraram também, que, de 2010 a 2012, a Polícia Federal registrou mais de 1,9 mil rotas de tráfico nacional de mulheres e 230 rotas de tráfico internacional.
Crescimento
Outro dado oficial apresentado no curso de ontem indica que exploração sexual de homens representa 20% do total do tráfico de pessoas no Brasil.
Fonte: Portal Geledés
Por: Milton de Oliveira, de 'ACritica.com'
Fonte: RETS
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