Pernambuco é o 12º na lista de estados brasileiros com maior incidência. Número total é de 18 mil portadores da enfermidade desde 1983.
François Figueiroa, coordenador estadual de
DST/Aidsem Pernambuco (Foto: Divulgação)
DST/Aidsem Pernambuco (Foto: Divulgação)
Pernambuco é o 11º na lista de estados brasileiros com maior incidência de Aids segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde. Em 2010, foram 17 casos para cada cem mil habitantes – a lista é encabeçada por Rio Grande do Sul (37,6), Roraima (35,7) e Amazonas (30,9). De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, desde 1983 o estado acumula 18 mil portadores da enfermidade.
(Observação: ao ser publicada, esta reportagem informou números errados com base em dados divulgados de manhã pelo Ministério da Saúde, em entrevista em Brasília. No final da tarde, a assessoria do ministério admitiu que distribuiu à imprensa uma tabela errada. As informações desta reportagem foram corrigidas às 19h53.)
(Observação: ao ser publicada, esta reportagem informou números errados com base em dados divulgados de manhã pelo Ministério da Saúde, em entrevista em Brasília. No final da tarde, a assessoria do ministério admitiu que distribuiu à imprensa uma tabela errada. As informações desta reportagem foram corrigidas às 19h53.)
O estudo nacional mostra que o número de casos permanece estável no país, mas, no Nordeste, a mortalidade teve uma discreta redução: de 4,2 em 2009 para 4,0 em 2010. “Nossos números tendem à estabilização. Nos últimos 4, 5 anos temos 1.150 casos novos a cada ano”, afirma François Figueiroa, coordenador estadual de DST/Aids em Pernambuco. O ideal, segundo ele, era que esta estabilização ocorresse em um nível um pouco mais baixo. “Se fossem 150 por ano já era uma melhora significativa”, analisa.
O número de casos no Nordeste é menor do que em todas as outras regiões: são 12,6 mil casos para cada cem mil habitantes. Na região, também se morre menos da doença: 8,5/cem mil. O Ministério da Saúde atribui os números positivos a ações como a ampliação da testagem e do acesso ao tratamento antirretroviral e a expansão da capacitação dos profissionais de saúde.
Em Pernambuco, ocorre uma interiorização da epidemia segundo Figueiroa. As ações de tratamento e prevenção têm, de acordo com ele, acompanhado esta tendência. Atualmente o estado tem 25 centros de testagem e aconselhamento municipais espalhados por seu território. Os serviços de assistência especializada também estão espalhados – são 19.
O Boletim do Ministério indica ainda que a estimativa de pessoas infectadas (prevalência) é estável – 0,6% da população. No entanto, entre 2009 e 2010, o número de novos casos notificados (incidência) caiu de 18,8 para 17,9/100 mil habitantes. François Figueiroa lembra que os pacientes só costumam entrar nas estatísticas oficiais aproximadamente cinco anos depois da contaminação.
Um dos investimentos do estado é para estabilizar a transmissão vertical – quando a mãe contamina o filho durante a gravidez. O teste rápido já é feito atualmente em 84 maternidades. No Brasil, a transmissão do vírus no parto ou pelo leite materno teve uma redução significativa: 41% entre 1998 e 2010.
Um dos desafios do combate à doença é a forma de lidar com públicos específicos. No grupo com idade entre 15 e 24 anos , em 2010, para cada 16 homossexuais vivendo com Aids havia 10 heterossexuais. Em 1998, essa relação era de 12 para 10. Em Pernambuco, os mecanismos de prevenção são segmentados. Por meio dos Postos de Saúde da Família (PSFs), agentes comunitários de saúde e com Organizações Não Governamentais, as informações têm chegado a grupos distintos, como presidiários, estudantes, adolescentes e homens que fazem sexo com homens.
Um dos desafios do combate à doença é a forma de lidar com públicos específicos. No grupo com idade entre 15 e 24 anos , em 2010, para cada 16 homossexuais vivendo com Aids havia 10 heterossexuais. Em 1998, essa relação era de 12 para 10. Em Pernambuco, os mecanismos de prevenção são segmentados. Por meio dos Postos de Saúde da Família (PSFs), agentes comunitários de saúde e com Organizações Não Governamentais, as informações têm chegado a grupos distintos, como presidiários, estudantes, adolescentes e homens que fazem sexo com homens.
Fonte G1 PE
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