Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP) lançou no dia 11 de novembro, no Recife, 5ª edição do Caderno Educação para Cidadania.
O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP) lançou no dia 11 de novembro de 2011, a publicação “Resistência à violência: construção social da juventude como sujeito de direitos”. Trata-se da quinta edição do Caderno de Educação para Cidadania, organizado por Célia Dantas Gentile Rique, Juliana Cecília de Carvalho e Kelly Regina Santos da Silva, com o compromisso de fazer os direitos humanos ganharem efetividade no cotidiano da vida das pessoas. O evento de lançamento foi realizado das 14h às 17h, na sede do GAJOP, no bairro da Boa Vista, Recife/PE.
A elaboração deste Caderno teve como ponto de partida a necessidade de sistematizar informações sobre as violações dos direitos humanos sofridas pela população que habita os territórios populares da cidade do Recife. Assim foram sistematizadas denúncias das diversas formas de violência a que a juventude está submetida, tanto no conjunto das relações sociais que configuram as formas de convivência no bairro onde habitam, quanto na cidade que lhes nega reconhecimento do seu direito como membro. Pretendeu-se ampliar os diálogos com os grupos de jovens para aprofundar as metodologias dos processos educativos em face dos desafios para afirmação da cidadania numa realidade de desigualdades e de diferentes expressões de exclusão social que demarcam as formas de convivência em sociedade.
Metodologia - O ponto de partida para colher percepções sobre as violações vivenciadas por jovens no cotidiano da escola, comunidade e de outros espaços públicos e privados foi a construção de uma Matriz Diagnóstica. Esta teve como principal fonte de informação a voz de jovens, através de depoimentos colhidos nos ciclos de oficinas pedagógicas, rodas de diálogos e nas diversas atividades educativas da Rede Solidária de Defesa Social, que trabalha diferentes temáticas de direitos humanos. Importante registrar que o estudo também consultou dados do IBGE, IPEA, PNAD, que ofereceram o respaldo analítico das realidades de negação de direitos no contexto da cidade do Recife e do país.
Em um segundo momento, a Matriz de violação de direitos humanos foi apresentada, durante “Oficinão da Juventude”, a representantes de 22 grupos jovens de diversos bairros do Recife. Nessa ocasião, o material sistematizado foi submetido à análise e revisão dos jovens, que puderam analisar, confrontar, afirmar, complementar e elucidar as informações previamente sistematizadas.
Assim, os jovens identificaram violações de direitos humanos nas áreas de segurança, saúde, esporte e lazer, educação, trabalho e profissionalização, cultura, mídia, direito à cidade. Para cada direito violado sinalizado há a respectiva descrição da violação, se ela é individual ou coletiva, a caracterização das vítima, quem é o agressor/violador e o marco institucional legal.
O Caderno “Resistência à violência: construção social da juventude como sujeito de direitos”, além de dá voz a garotos e garotas, traz artigos de especialistas em áreas como Direitos Humanos, Direito à Cidade, Juventude, Movimentos Sociais, dentre outras. O intuito é ampliar o diálogo com os educadores para os direitos humanos, com base em informações e conhecimento sistematizado sobre juventude.
Assessoria de Imprensa:
Mariana Moreira
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Fonte: ABONG
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