Nós, do Instituto Alana, ficamos muito contentes com o surgimento de um
movimento como o do coletivo Infância Livre do Consumismo. Em menos de
um mês, um grupo de pessoas preocupadas com a exposição de crianças a um
verdadeiro bombardeio comercial conseguiu mobilizar, gerar debate e
difundir opiniões. Na última semana, a proposta desta blogagem coletiva,
na qual o coletivo quis saber como as famílias têm lidado com os apelos
publicitários dirigidos a seus filhos, certamente vai enriquecer a
discussão e trazer aspectos muito importantes para que, juntos, como
sociedade, possamos pensar em um futuro melhor, com justiça, dignidade e
respeito à infância.
Por meio do Projeto Criança e Consumo, o Alana tem se esforçado nos últimos anos para chamar a atenção de toda a sociedade para os graves impactos do consumismo infantil, que se agrava a cada em dia em grande parte por causa de ações de marketing direcionadas ao público menor de 12 anos. Além de insistentes, porque são incansavelmente repetidas na programação televisa e reproduzidas em diversos outros meios de comunicação, essas campanhas são profundamente agressivas ao induzir a criança a um consumo desenfreado. Não basta comprar um produto, é preciso ter todos os acessórios, toda a coleção, todas as versões. O mundo do consumo é também o mundo do descarte, e não só de objetos, mas também de valores, pessoas, vidas.
Aí entramos em um ponto que tem sido pouco abordado nesse debate, o da sustentabilidade. Enquanto empenham esforços e recursos para garantir uma boa reputação em um mundo cada vez mais alarmado com os problemas ambientais, as empresas sentem-se à vontade para agir de forma antiética em nome de seus ganhos financeiros, direcionando todo tipo de mensagem mercadológica para um público vulnerável como o infantil. A contradição é visível. Há uma grande resistência do mercado anunciante em rever seus paradigmas quando o assunto é publicidade. Falta disposição para ouvir e dialogar em busca de uma atuação mais responsável.
Induzir o consumo desenfreado vai na contramão da educação para a sustentabilidade que queremos dar às nossas crianças. Meninos e meninas que crescem cercados de apelos para o consumo e impregnados de valores materialistas certamente não serão consumidores conscientes. Não farão a reflexão necessária sobre o impacto da vida de cada um de nós no planeta. Não pensarão no outro, nem terão espírito democrático para brigar por seus direitos e deveres como um cidadão. Já temos dito e repetimos: o problema do consumismo não afeta apenas a família, mas toda a sociedade e a vida que queremos ter no futuro.
Assim, o Alana entende que a realização da Rio+20, em junho, será uma oportunidade ímpar para jogar luz sobre essas questões. Estamos nos preparando para levar o tema do consumismo infantil e do respeito à cultura da infância para o maior encontro mundial sobre sustentabilidade. Defendemos a reocupação dos espaços públicos por crianças, para que elas voltem a jogar bola, correr e brincar nas praças e parques das cidades e tenham uma alternativa verdadeira ao mundo do consumo.
Em breve, vamos divulgar nossa programação na Rio+20 e esperamos que todas as pessoas preocupadas em construir um mundo melhor possam se juntar a nós.
Fonte: Consumismo e Infância, da redação
Por meio do Projeto Criança e Consumo, o Alana tem se esforçado nos últimos anos para chamar a atenção de toda a sociedade para os graves impactos do consumismo infantil, que se agrava a cada em dia em grande parte por causa de ações de marketing direcionadas ao público menor de 12 anos. Além de insistentes, porque são incansavelmente repetidas na programação televisa e reproduzidas em diversos outros meios de comunicação, essas campanhas são profundamente agressivas ao induzir a criança a um consumo desenfreado. Não basta comprar um produto, é preciso ter todos os acessórios, toda a coleção, todas as versões. O mundo do consumo é também o mundo do descarte, e não só de objetos, mas também de valores, pessoas, vidas.
Aí entramos em um ponto que tem sido pouco abordado nesse debate, o da sustentabilidade. Enquanto empenham esforços e recursos para garantir uma boa reputação em um mundo cada vez mais alarmado com os problemas ambientais, as empresas sentem-se à vontade para agir de forma antiética em nome de seus ganhos financeiros, direcionando todo tipo de mensagem mercadológica para um público vulnerável como o infantil. A contradição é visível. Há uma grande resistência do mercado anunciante em rever seus paradigmas quando o assunto é publicidade. Falta disposição para ouvir e dialogar em busca de uma atuação mais responsável.
Induzir o consumo desenfreado vai na contramão da educação para a sustentabilidade que queremos dar às nossas crianças. Meninos e meninas que crescem cercados de apelos para o consumo e impregnados de valores materialistas certamente não serão consumidores conscientes. Não farão a reflexão necessária sobre o impacto da vida de cada um de nós no planeta. Não pensarão no outro, nem terão espírito democrático para brigar por seus direitos e deveres como um cidadão. Já temos dito e repetimos: o problema do consumismo não afeta apenas a família, mas toda a sociedade e a vida que queremos ter no futuro.
Assim, o Alana entende que a realização da Rio+20, em junho, será uma oportunidade ímpar para jogar luz sobre essas questões. Estamos nos preparando para levar o tema do consumismo infantil e do respeito à cultura da infância para o maior encontro mundial sobre sustentabilidade. Defendemos a reocupação dos espaços públicos por crianças, para que elas voltem a jogar bola, correr e brincar nas praças e parques das cidades e tenham uma alternativa verdadeira ao mundo do consumo.
Em breve, vamos divulgar nossa programação na Rio+20 e esperamos que todas as pessoas preocupadas em construir um mundo melhor possam se juntar a nós.
Fonte: Consumismo e Infância, da redação
Fonte: RETS
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