Em alusão
ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes, 18 de maio, o Conselho Municipal de Direitos da Criança e
do Adolescente do Ipojuca - CMDCA - realizou hoje, 17, um adesivaço no
Centro da Cidade. O ato chamou a atenção da população para a violência
sexual cometida pelo adulto contra a população infanto-juvenil.
Exemplos
do problema atingem hoje a Praia de Porto de Galinhas, fruto da
exploração do turismo e, também, o desenvolvimento do Porto de Suape.
"Suape tem recebido uma massa de trabalhadores que muitas vezes chegam
sem família em busca de uma oportunidade. A maioria desses trabalhadores
mora na cidade, trabalham durante o dia e ficam meio que ociosos a
noite, o que só vem potencializar o problema do abuso contra
adolescentes e jovens", diz José Rufino, representante do CMDCA.
O
adesivaço teve início no Fórum de Ipojuca com a apresentação de
maracatus. Em seguida a passeata seguiu para o Marco Zero onde aconteceu
a adesivação de kombis, Vans, motos, carros de transporte coletivo e
carros de passeio. Para os transeuntes, o CMDCA entregou panfletos
educativos sobre o tema. No final do evento aconteceu Ato Púbico que
reuniu entidades da sociedade civil incentivadas pelo conselho, alunos
da rede pública e autoridades municipais.
A
mobilização é parte de uma articulação que reúne o Tribunal de Justiça,
secretarias de Educação e Ação Social e, ainda, entidades da sociedade
civil. De acordo com o presidente do CMDCA, "qualquer tipo de exploração
de crianças e adolescentes é algo inaceitável, e toda a sociedade
precisa denunciar", afirma José Augusto Nascimento. Em Ipojuca, as
denúncias podem ser feitas pelo 0800.281.0850. O ato faz parte de uma
série de eventos programados para acontecer no mês de maio, entre eles, o
lançamento do Projeto Pai Presente em parceria com o Fórum de Ipojuca.
18 de maio - De
autoria da então deputada Rita Camata, a Lei 9.970 instituiu o Dia
Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes. Nesse dia, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos,
foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional
família capixaba. Apesar da cobertura da mídia e do especial empenho de
alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três
anos depois. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando
a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de
todas as crianças e adolescentes.
Fonte: CMDCA Ipojuca
Nenhum comentário:
Postar um comentário