quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tratamento da dependência de crack e a internação compulsória


Fabiana Lustosa Gaspar*

Fabiana Lustosa Gaspar é psicóloga e Coordenadora Psicossocial da ONG Viva RioNos últimos tempos, o crack tem sido muito discutido e apontado como o grande mal-estar da civilização atual. Inúmeras matérias têm vinculado a dependência ao crack a uma epidemia sem controle no país, considerando-a como um fato consumado e legítimo.

Apesar destas “certezas” instaladas, vale ressaltar que uma das dificuldades centrais do Brasil é a realização de estudos atualizados e de escala nacional sobre esta problemática. O que tem sido visto são diversos trabalhos de caráter não representativo do país como um todo, abusivamente utilizados e denominados como tais, o que gera uma série de distorções e falhas de estimativa e interpretação.

Para agravar ainda mais este quadro, constata-se a escassa e bastante defasada experiência de pesquisa com populações em situações de rua, e as últimas publicadas nesse sentido são em locais anteriores à emergência do crack.

Sob este panorama, é importante o cuidado do trato sobre esta problemática bem como investigações neste sentido. Vale aqui destacar a pesquisa em curso na Fiocruz em parceria com a SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas)1  que busca traçar o perfil do usuário de crack no Brasil. Esta lança mão de métodos mais novos – como geoprocessamento e utilização de amostras complexas – que, provavelmente, redefinirão o entendimento e a abordagem dessa questão nos próximos anos.

É claro que a falta de dados consistentes e atuais sobre o enfretamento do uso e da dependência do crack não significa que deva ser desconsiderado. Porém, cabe salientar que estas conclusões gerais e radicalizadas tendem a provocar intervenções extremas e imediatas sem que haja espaço para uma reflexão adequada sobre este complexo problema.

Nos dias atuais, observa-se a implementação de diversos procedimentos descolados das diretrizes básicas de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, que têm sido construídas e, indiscutivelmente progredido, a partir dos trabalhos teórico-práticos desenvolvidos ao longo dos anos.

Destaca-se, por exemplo, a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas criada em 2004. Este documento contempla, a perspectiva da atenção integral e a produção de autonomia do sujeito, criando práticas comprometidas com a promoção, prevenção e o tratamento dos agravos relacionados ao uso de drogas e à dependência química.

Sob este ponto de vista, a reabilitação psicossocial e a reinserção do usuário apostam na potencialidade do território comunitário, valorizando-o no processo de saúde-doença em relação ao consumo de substâncias. Assim, tornou-se imperativo o incremento de ações extra-hospitalares, investindo nos conceitos de território e de rede para tecer o cuidado integral. A comunidade e o meio cultural passaram então a ser elementos fundamentais para este novo modo de conceber saúde mental.

Esta modalidade de cuidado vem de encontro ao que predomina no imaginário social. Este último tende a mitificar a internação, considerando-a como a única medida resolutiva no que tange aos usuários drogas. Desta maneira, a hospitalização é utilizada de forma indiscriminada sem que haja uma avaliação adequada do caso.

Diferentemente do que predomina no imaginário social – que o isolamento através da internação é o melhor modo de cuidado do dependente químico –, é o fortalecimento das relações dos recursos locais com o sujeito que possibilitam mudanças.

Alguns municípios do Brasil, por exemplo, adotaram a compra de leitos em hospitais privados como estratégia de cuidado, buscando ofertar o número suficiente de internações aos dependentes de drogas. Tal prática, além de extremamente custosa ao SUS, não discute a real necessidade do paciente.

Nos atendimentos dos usuários de drogas, percebe-se claramente que seu pedido – e dos familiares – via de regra é pelo internamento, muitas vezes por desconhecerem outras possibilidades de tratamento. Esta modalidade de tratamento, como na abordagem de outras patologias da saúde, precisa ser compreendida como recurso último, exigindo a elevada complexidade do nível hospitalar. A internação deve acontecer em situações graves e seguir em acompanhamento após a alta, sob pena de novas e sucessivas internações.
Sob esta perspectiva, mesmo para os casos mais graves, primeiramente, devem ser oferecidos serviços que proporcionem os cuidados intensivos necessários e, ao mesmo tempo, mantenham os vínculos familiares e sociais, diferentemente do internamento.

Destaca-se como interessante alternativa ao modelo asilar e de confinamento, os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD). A modalidade de atendimento é multiprofissional, sendo o projeto terapêutico singular para cada pessoa, contemplando suas necessidades e desejos.  Nesses espaços, o tratamento psicoterápico em conjunto ao medicamentoso, quando necessário; os atendimentos às famílias; os trabalhos de geração de renda e as oficinas terapêuticas são desenvolvidos. É importante esclarecer que este serviço está sempre pronto para acolher o usuário, não exigindo a sua abstinência como pré-requisito à inserção no tratamento. Além disso, outro aspecto fundamental no atendimento aos usuários de drogas, é o trabalho de reabilitação visando à reinserção social e familiar do cidadão.

Considerando que a internação não deva ser considerada como primeiro recurso no cuidado aos usuários de álcool e outras drogas, a internação compulsória tampouco. Verifica-se que o número de recaídas nestes casos gira em torno 96 a 97% . Em outras palavras, torna-se praticamente ineficaz.

Diante desta ineficácia, entende-se que esta serve apenas, como meio de impedir um perigo imediato do paciente para a sua própria segurança ou de outras pessoas, num curto prazo de tempo. Vale esclarecer que o Ministério Público Estadual é a instância que deve acompanhar e regular este procedimento.

Neste sentido, quando se vincula diretamente o cuidado das crianças e adolescentes usuários de crack à internação compulsória, traz-se grande preocupação. Não só por sua ineficácia e pelo seu alto custo comparado a outras modalidades de intervenção, mas também por não apresentar um plano terapêutico que considere a grande complexidade a que este público está inserido.

Ao se falar em crianças e adolescentes usuárias de crack, não pode esquecer-se da situação de rua em que se encontram. Muitas destas, diferentemente do que predomina no imaginário social, não estão nas ruas em decorrência das drogas, mas sim o estão em virtude de um processo violento de exclusão social e familiar. Em outras palavras, o uso abusivo de drogas consiste em um sintoma decorrente de uma emaranhada e sofrida situação.

Para se conseguir, então, resultados mais positivos e consistentes no que tange às crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack é essencial o trabalho de resgate da cidadania. Isto quer dizer que, para que o trabalho aconteça, é necessário que estes sejam reconhecidos enquanto sujeitos e, mais ainda, enquanto sujeitos de direitos.

Sob esta perspectiva, o acolhimento e a formação do vínculo são os pontos a serem perseguidos na primeira etapa de trabalho. Com estes estabelecidos, devem ser fortalecidas e desenvolvidas ações que busquem a prevenção, a promoção e os cuidados em saúde, que vão para muito além do uso da droga. É claro que estas devem estar aliadas ao trabalho intersetorial – em parceria com os setores da educação e da assistência social, por exemplo – para que se promova um real redirecionamento das trajetórias de vida destas crianças e adolescentes, considerando as suas singularidades.

Em outras palavras, deve-se ter sempre em mente que, quando trabalha com crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack, a busca pela reinserção familiar e social é imprescindível para este processo de cuidado aconteça.

*Fabiana Lustosa Gaspar é psicóloga e Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Atualmente, é Coordenadora Psicossocial da Organização Não Governamental Viva Rio. É autora do livro Anorexia e Violência Psíquica, da Editora Juruá.

1 Projeto de Pesquisa “Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, DF, 9 regiões metropolitanas e Brasil”, junho de 2010. Coordenado por Francisco Inácio Bastos (FIOCRUZ) e Flavio Pechansky (UFRGS);
2 Entrevista com Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, no Jornal da CBN, em 01 de agosto de 2011.

Publicado originalmente no Portal Pró-Menino 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ONGs: a urgência de um novo marco regulatório

A recente onda de denúncias relacionadas à Operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão de ocupantes de cargos no Ministério do Turismo, pelo suposto envolvimento em desvio de recursos públicos por meio de convênios firmados com organizações não governamentais (ONGs), explicita novamente a importância de regulamentação da atuação das organizações da sociedade civil no Brasil e de se elaborar uma política de Estado que assegure autonomia política e econômica a elas.

O debate se insere em um contexto de deslegitimação e criminalização das ONGs e movimentos sociais, a despeito de seu protagonismo no processo de democratização do País, das experiências que desenvolvem na área social e da sua participação na articulação de movimentos de cidadania planetária. Ainda que seja fundamental a atuação das ONGs na conformação de relações sociais mais igualitárias, permanece a insegurança jurídica neste campo de atuação. Isto prejudica o necessário fortalecimento dos processos organizativos e participativos em que as organizações se inserem, e favorece práticas clientelistas engendradas nas relações entre governantes, entidades de fachada e iniciativa privada.

Por isso, durante o processo eleitoral, em 2010, cerca de 200 organizações e movimentos sociais, dentre as quais a ABONG, subscreveram e encaminharam aos presidenciáveis uma Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil. Respondendo à iniciativa, Dilma Roussef se comprometeju a, no prazo de um ano após a posse, construir esse novo marco político e legal articulando as instâncias governamentais envolvidas e as organizações sociais. Em seu primeiro discurso no governo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estipulou um prazo de seis meses para equacionar o problema. Além de iniciar o diálogo com as diversas instâncias governamentais que precisam ser engajadas nos trabalhos, como os ministérios da Justiça, Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, Fazenda, Planejamento e Controladoria Geral da União, a Secretaria Geral da Presidência promoveu uma primeira reunião com os representantes da Plataforma em maio. A comissão de trabalho mista, entretanto, ainda não foi oficializada.

A ABONG e os demais representantes de organizações da sociedade civil estão apreensivos com a morosidade dos encaminhamentos. Temos a certeza de que o fortalecimento da participação cidadã e o combate à corrupção são ações estruturantes para o desenvolvimento da democracia brasileira e precisam ser tratados com a devida prioridade. Precisamos de leis, normas e regulamentações que estimulem o envolvimento da cidadania em causas públicas e garantam o acesso democrático a recursos públicos, com mecanismos que permitam tanto a utilização eficiente dos recursos alocados quanto sua ampla publicização para controle social.

Isto passa necessariamente pela configuração de uma democracia participativa no Brasil, a partir da criação e melhoria da qualidade de espaços e processos que estimulem o envolvimento de novos atores em questões de interesse público. Para tanto, é igualmente fundamental que organizações e governos se comprometam com a intensificação e melhoria da qualidade de suas atuações e com o aperfeiçoamento das práticas de gestão e transparência. Nesse sentido, ressalta-se ainda a importância de fortalecimento da Proposta de Iniciativa Popular de Reforma Política, lançada em 16 de agosto, para uma coleta de assinaturas que torne possível seu envio ao Congresso Nacional. Trata-se de uma reforma política ampla e democrática, que propõe mudanças para além do sistema eleitoral e reivindica a inclusão de grupos sociais tradicionalmente alijados dosespaços de poder.

Dentre os efeitos nocivos da criminalização das ONGs no Brasil está a possível diminuição do engajamento da sociedade na esfera pública e nas ações coletivas que visam o bem comum. Frente a isso, é fundamental a qualificação do debate público acerca deste tema, o que requer uma abordagem mais pluralista pela imprensa, com abrangência condizente com a diversidade de atuações das organizações da sociedade civil. Para construirmos relações sociais mais democráticas, é preciso restabelecer a confiança da sociedade em sua própria capacidade de gerir seus destinos, com base em valores de equidade e justiça, incentivando o engajamento de mais cidadãos e cidadãs em causas de interesse público.

ABONG - Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais

19ª AGRINORDESTE

Localidade: BRASIL / PERNAMBUCO / OLINDA
Endereço: Centro de Convenções Governador Moura Cavalcante 
Descrição:

A federação da Agricultura do Estado do Pernambuco- FAEPE junto com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, SENAR e SEBRAE promoverá, pelo 19º ano consecutivo, o AGRINORDESTE - Seminário Sobre a Modernização do Setor Primário da Economia Nordestina, Contando com o apoio da Confederação da Agricultra e Pecuária do Brasil- CNA.

São 19 anos de intrigantes desafios, seja na escolha de assuntos atuais e seus especialistas, que muitas vezes ultrapassam as fronteiras do Brasil, seja na inovação dos eventos paralelos ao seminário, que estabelecem sempre uma relação contributiva no aprimoramento do setor agropecuário da economia nordestina.

A seleção de temas aborda vários interesses, como: Agroenergia e Meio Ambiente, Apicultura, Aquicultura, Bovinocultura de Leite, caprino-ovinocultura, fruticultura e Turismo rural. 

Informações:

Contato:  FAEPE - Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco  
Site:  www.agrinordeste.com.br
Telefone:  (81) 3464-0410
E-mail:  infinito@infinitopromocoes.com.br


Data Inicial: 31/08/2011
Data Final:  02/09/2011

Fonte: Agrolink

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resolução incentiva protagonismo infantojuvenil


Normativo do Conanda concretiza maior participação de crianças e adolescentes na luta pela garantia de seus direitos



A participação infantojuvenil na defesa pelos seus direitos ganhou mais força. No começo de agosto, foi publicada a Resolução nº 149 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Segundo o documento, mais crianças e adolescentes devem participar das comissões de organização de todas as etapas (municipais/distrital e estaduais) da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontecerá em julho de 2012. 

De acordo com a resolução, os Conselhos dos Direitos serão os responsáveis por garantir essa participação. E uma regra deve ser respeitada: a proporção de uma criança ou adolescente para cada dupla de adultos. “Essa proporção foi decidida para manter a mesma proporção da comissão de organização da VIII Conferência Nacional, que contou com cinco adolescentes, um representando cada região do país, e dez adultos”, afirma Alexandre Cruz, conselheiro do Conanda.

“O Conselho entende que já não é mais possível fazer políticas de promoção dos direitos de crianças e adolescentes sem a participação deles”, acrescenta Alexandre, conselheiro do Conanda. Isso ganhou maiores dimensões com a elaboração e a aprovação, em abril, do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. O documento tem uma seção específica sobre o tema e traz decisões que incentivam a “participação organizada e a expressão livre de crianças e adolescentes”.


MobilizaçãoA garantia da participação de crianças e adolescentes fica por conta dos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos, que devem incluí-los nas etapas anteriores à Conferência Nacional. Segundo Alexandre, “o Conanda vai mobilizar, conscientizar e orientar os Conselhos Estaduais que, por sua vez, devem passar as informações para os municípios. Contamos com o empenho de todos os conselheiros para que incentivem os adolescentes a participar dos eventos”.
Para Miriam Abramovay, coordenadora da Área de Juventude e Políticas Públicas da FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), “a resolução é fenomenal. Mas o incentivo não deve partir somente dos conselhos dos direitos. O tema deve ser abordado em escolas, ONGs e até em instituições de cumprimento de medidas socioeducativas. Quanto mais o assunto for divulgado, mais crianças e adolescentes vão querer se informar e participar”.

ProtagonismoHá quem diga que crianças e adolescentes são desmotivados e que não se interessam pela garantia de seus direitos. “Nós temos idéias adultocratas. Exigimos deles que atuem por um modelo de participação de 30, 40 anos atrás. Mas precisamos entender que, mesmo não indo às ruas, eles participam. Acabei de voltar de uma conferência que contou com a presença de mais de 600 jovens. Isso mostra que eles estão preocupados com a realidade em que vivem, com o futuro. E com adolescentes isso não é diferente”, conta Miriam. 
Um exemplo de protagonismo juvenil é a atuação de Márcia Almeida Lima da Silva. Hoje com 16 anos, a adolescente já participou de duas Conferências Municipais realizadas pelo CMDCA de São Paulo, onde mora. “Quando cheguei ao abrigo, precisavam de um adolescente que conhecesse o ECA para participar de uma reunião representando o abrigo. Como eu já tinha aprendido sobre o Estatuto na escola, fui selecionada. Nesse evento houve uma eleição e eu fui escolhida como delegada para a primeira Conferência do CMDCA que participei”, conta, animada.
Para a jovem, debater os direitos que não são colocados em prática e tentar fazê-los funcionar é muito prazeroso. “Se o ECA existe para nos ajudar, temos que fazer de tudo para que as suas diretrizes sejam respeitadas e colocadas em prática. Além disso, gosto de falar sobre isso para amigos do abrigo e da escola. Quando a gente sabe dos nossos direitos, a gente pode lutar para garanti-los”.
Sobre o futuro, Márcia já tem a resposta na ponta da língua: “Vou continuar participando das conferências e estudando. Quero me formar em direito e ser juíza da Vara da Infância e da Juventude. Assim vou poder ajudar crianças e adolescentes que tiveram direitos violados”.
Fonte: Portal Pró-Menino

Governo vai lançar plano de combate à exploração sexual em locais próximos a canteiros de obras

O governo federal deve lançar, ainda neste ano, um plano interministerial, com a parceria do setor privado, para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no entorno dos canteiros de obras de todo o país. A informação foi dada pela titular da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmem Silveira de Oliveira.

Segundo Carmem, ações do gênero já vem sendo desenvolvidas em quatro estados: Rondônia, Pará, Rio de Janeiro e Pernambuco. Agora, deverão ser estendidas às demais unidades da federação, já que estão previstos grandes projetos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também aos que são dirigidos à preparação do país para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

“Não é possível que uma grande obra vá se instalar ao custo de termos, por exemplo, cenários que tornem crianças e adolescentes vulneráveis à exploração sexual”, observou. Segundo a secretária, é comum meninas serem aliciadas para se aproximar de bares e outros locais de lazer frequentados por trabalhadores de canteiros de obras.

Além de intensificar a fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal, o plano prevê investimentos para melhorar a capacitação dos conselhos tutelares e o engajamento das empresas. Até o momento, 128 grandes empresas já aderiram a essa iniciativa. Elas assumiram o compromisso de realizar campanhas educacionais direcionadas aos novos contratados e também vão facilitar as visitas dos trabalhadores às famílias.

O projeto piloto de ações com esse objetivo surgiu em 2008, em municípios no eixo da BR-163, que liga Cuiabá, em Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Atualmente, as atividades de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes estão em andamento em quatro grandes canteiros de obras: em Rondônia, por meio do consórcio responsável pela Usina Hidrelétrica Santo Antônio; no Pará, pela Companhia Vale do Rio Doce; e no Rio de Janeiro e em Pernambuco, por empresas que administram campos petrolíferos.

Fonte: Agência Brasil

Dia do Playing for Change

No dia 17 de setembro acontece em vário países do mundo o "Playing for Change Day". Neste dia, músicos farão apresentações nas ruas e o valor playing for changearrecadado com contribuições espontâneas será revertido para um movimento global de transformação social através da música. O valor arrecadado será revertido para a compra de instrumentos, construção de escolas, apoio a projetos artísticos e para promover a conexão entre artistas de rua do mundo todo. O tema do evento deste ano é "Power to the People" - em homenagem a John Lennon.
No Brasil, estão previstas apresentações de Cezar Pope, que se apresentará das 11h às 15h na Praça Afonso Pena, em São José dos Campos; Edu Marrom e sua banda estarão na Galeria Alma do Mar - Rua Harmonia, 150, em São Paulo; e Thiago Iusso Sinhohara tocará das 20h à meia noite na rua Oriente Tenuta, em Cuiabá. Há outros 33 eventos planejados em países como África do Sul, Argentina, Colombia, Tanzania, Índia, entre outros.

Para saber mais sobre a iniciativa, visite: http://www.playingforchangeday.org/

Fonte: RETS

CGI.br realiza I Fórum da Internet no Brasil

Pela primeira vez, representantes de todos os segmentos da sociedade estarão reunidos para discutir o presente e o futuro da Internet no Brasil. Será realizado, nos dias 13 e 14 de outubro, no Centro de Convenções Expo Center Norte, em São Paulo (SP), o I Fórum da Internet no Brasil. O evento é promovido pelo Comitê Gestor da Internet - CGI.br - e terá como 'trilhas' de discussão: Liberdade, privacidade e direitos humanos; Governança democrática e colaborativa; Universalidade e Inclusão Digital; Diversidade e conteúdo; Padronização, interoperabilidade, neutralidade e Inovação; Ambiente legal, regulatório, segurança e Inimputabilidade da rede. As discussões já começaram na Internet e interessados/as podem participar pelo site: http://www.forumdainternet.cgi.br/.

Brasil viola direitos humanos das mulheres grávidas

Comitê das Nações Unidas exige que o país garanta acesso ao atendimento de qualidade durante o pré-natal. Determinação divulgada no dia 17 de agosto pelo Comitê das Nações Unidas para Eliminação da Discriminação contra Mulheres (CEDAW), sobre o primeiro caso de mortalidade materna analisado internacionalmente, estabelece que os governos têm a obrigação de cumprir com os direitos humanos e garantir que todas as mulheres em todos os países, indiferente raça ou renda, tenham condições de acessar serviços de pré-natal de qualidade. A decisão estabelece ainda que mesmo quando governos terceirizam serviços de saúde, eles permanecerem diretamente responsáveis por estes serviços e tem o dever de regular e fiscalizar estas instituições.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o Brasil é responsável por 20% das mortes de grávidas que acontecem na América Latina e no Caribe todos os anos. “Esse caso envia uma forte mensagem ao Brasil e a todos os países sobre como o acesso aos serviços de pré-natal é um direito fundamental e de como governos podem ser responsabilizados se falharem na proteção desse direito”, comenta Luísa Cabal, diretora de Programas Legais e Internacionais do Center for Reproductive Rights, organização de advocacy que promove os direitos reprodutivos das mulheres em nível global e que levou o caso ao Comitê CEDAW.

O caso analisado e que levou a decisão é o da brasileira Alyne Silva Pimentel, 28 anos, afrodescendente e moradora da Baixada Fluminense (RJ). Ela faleceu em 16 de novembro de 2002, no sexto mês de gestação, cinco dias depois de dar entrada em um hospital da rede pública com sinais de gravidez de alto risco e por falta de atendimento apropriado. Alyne deixou uma filha com cinco anos de idade na época e sua morte poderia ter sido evitada se ela tivesse acesso ao atendimento básico de obstetrícia.

A história de Alyne é apenas uma das milhares que acontecem no Brasil e ao redor do mundo, onde mulheres são privadas do atendimento pré-natal básico que poderia evitar complicações na gravidez. “Para certas camadas sociais não é fácil exercer seus direitos. As barreiras são inúmeras. O caso de Alyne é emblemático: mulher, negra e pobre. Alyne teve sua vida interrompida  e sua filha amarga a espera de uma decisão da justiça brasileira que lhe garanta o direito de reparação. Essa é uma vitória revolucionária para as mulheres de todo o Brasil e do mundo” comenta Gleyde da Hora, advogada e representante da família de Alyne na Justiça brasileira.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil reduziu significativamente a taxa de mortalidade materna na última década, porém as estatísticas apontam grande disparidade no acesso aos serviços básicos de saúde quando os dados são analisados por raça, situação econômica, região e localização rural e urbana.

“Enquanto o Brasil não reduzir significativamente o índice de mortalidade materna, o governo não estará fazendo o suficiente para salvar as vidas de mulheres grávidas afrodescendente, pobres ou que vivem em áreas rurais”, destaca Luísa.

Demograficamente, a mortalidade de mulheres grávidas é maior nas regiões Norte e Nordeste, que contém parcela maior da pobreza e das áreas rurais do que no restante do país. Ainda de acordo com dados da OMS, brasileiras afrodescendentes, indígenas e mulheres solteiras vivendo nas regiões mais pobres são proporcionalmente as mais afetadas pela mortalidade materna. No caso de Alyne, o comitê afirmou que ela sofreu múltiplas formas de discriminação por ser mulher, afrodescendente e ter baixo perfil econômico e social.

“Como uma potência mundial emergente e símbolo de desenvolvimento econômico, é hora de o governo brasileiro dar o primeiro passo no fim às disparidades sociais, econômicas e raciais que impedem as mulheres de terem acesso ao serviço básico de saúde, finaliza Luísa Cabal.

A decisão estabelece especificamente violações ao direito à saúde e à justiça e obriga ao governo brasileiro a:

- Compensar a família de Alyne, incluindo sua mãe e filha.
- Garantir o direito das mulheres à maternidade segura e acessível para o acesso adequado à cuidados obstetrícios de emergência.
- Proporcionar a formação profissional adequada para os trabalhadores de saúde.
- Garantir que os serviços privados de saúde cumpram as normas nacionais e internacionais de cuidados de saúde reprodutiva.
- Garantir sensações aos profissionais de saúde que violem os direitos reprodutivos das mulheres e seu direito ao acesso à saúde.

Fonte: Release do Centro para os Direitos Reprodutivos, traduzido por Veronica Marques, Assessoria de Comunicação
Contato: (21) 9981-0211, veronicamarques@gmail.com
Site: http://www.unifem.org.br/001/00101001.asp?ttCD_CHAVE=710&btOperacao=
Foto: Fabiana Loturco, no Flickr.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Audiência Pública discute os 10 anos do Estatuto da Cidade

Nesta quarta-feira (24 de agosto), a partir das 9h, no Auditório do Anexo I da Assembleia Legislativa de Pernambuco, será realizada a Audiência Pública para discussão sobre os 10 anos de implementação do Estatuto da Cidade. O evento é promovido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Participarão da Audiência Pública técnicos e gestores de organizações governamentais e não-governamentais que estarão debatendo sobre esse importante instrumento jurídico, que completou 10 anos neste ano. O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta o capítulo “Política Urbana” da Constituição Brasileira. Surgiu como projeto de lei em 1989, proposto pelo então senador Pompeu de Sousa (1914-1991), só tendo sido aprovado em 2001. O Estatuto criou uma série de instrumentos para que o administrador pudesse buscar o desenvolvimento urbano, sendo o principal o plano diretor, que deve articular os outros no interesse da cidade. Além disso, atribuiu aos municípios a implementação de planos diretores participativos, definindo uma série de instrumentos urbanísticos que têm no combate à especulação imobiliária e na regularização fundiária dos imóveis urbanos seus principais objetivos.

Fonte: Cendhec

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prorrogado prazo para recebimento da pesquisa nacional sobre Conselhos de Direitos e Tutelares

Dia 26 de agosto é o novo prazo para o envio das respostas do questionário da segunda edição da pesquisa “Conhecendo a Realidade”. O prazo, que terminaria no próximo dia 29 de julho, foi ampliado para possibilitar maior participação dos Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente de todo o Brasil. A mudança vale tanto para a versão online quanto para a versão impressa do questionário.

O objetivo do levantamento, que é uma iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), é mapear a situação atual de três dos principais atores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA): os Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos e os Conselhos Tutelares.

 A pesquisa Conhecendo a Realidade abrangerá todos os municípios e estados do país, permitindo conhecer as características de organização, gestão e funcionamento dessas instituições, que têm assegurado a implementação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) ao longo dos últimos 20 anos.
Sua primeira edição, realizada em 2006, indicou as principais fragilidades e carências dessas instituições. Os Conselhos de Direitos, por exemplo, já tinham sido constituídos em quase todos os municípios, mas havia uma distribuição desigual pelo país das cidades em que ainda não existiam. Mais de 680 municípios brasileiros ainda não contavam com Conselhos Tutelares, embora já houvesse determinação legal para que fosse instituído, pelo menos, um deles por município.Atualmente, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 98% dos municípios brasileiros já possuem Conselhos Tutelares.

Serviço - Não deixe de participar! Se o Conselho em que você atua não recebeu o questionário, verifique se ele foi recebido pela Prefeitura da sua cidade ou entre em contato com os organizadores da Pesquisa, através do email conhecendoarealidade@fia.com.br ou pelo telefone 11-4115-1756.


Fonte: SDH - 26/07/2011

CNJ defende apoio a adolescentes após medida sócioeducativa

A falta de apoio aos adolescentes que cumpriram a medida socioeducativa de internação e que já ganharam a liberdade é um problema corrente em praticamente todo o Brasil. A constatação é do juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Reinaldo Cintra, coordenador do Programa Justiça ao Jovem – criado pelo CNJ em julho de 2010, para avaliar a execução da internação dos jovens em conflito com a lei. Em coletiva à imprensa nesta terça-feira (09/08), em São Paulo, último estado do Brasil a ser visitado pelo programa, Cintra fez um balanço do que foi encontrado país afora pelas equipes.

Ele apontou a inexistência de acompanhamento pelo poder público como um dos principais fatores que levam o adolescente a reincidir na conduta infracional. “Não adianta colocar um adolescente que cometeu um ato infracional, seja de qual modalidade for, em um sistema maravilhoso, se quando ele sair não tiver ninguém que o aconselhe, o proteja ou lhe dê oportunidade”, afirmou Cintra. Segundo o magistrado, o apoio no período pós-internação deve garantir direitos básicos aos adolescentes, como a assistência à saúde e ensino de qualidade.
Segundo Cintra, as famílias também merecem atenção especial, para que tenham condições de fornecer o apoio necessário ao adolescente de forma a evitar que ele volte a reincidir em infrações. “O adolescente sai e muitas vezes a família não está preparada para cuidar dele”, disse Cintra. “Por melhor que os adolescentes tenham sido tratados nas unidades de internação, a falta de apoio a eles e à sua família faz com que encontrem dificuldades para que sejam reinseridos”, acrescentou o juiz auxiliar.
Os municípios poderiam participar mais do processo de reintegração do jovem em conflito com a lei, defendeu Cintra. “Esse apoio é algo que está faltando em todo o país. Acredito que a medida de contenção é uma responsabilidade do Estado e que o trabalho de apoio à família cabe aos municípios, que devem ter uma interface maior com os estados, justamente para que tanto o adolescente como sua família possam enfrentar os problemas que certamente existirão quando do reencontro entre o jovem e sua família”, afirmou.
Na avaliação de Cintra, a saída dos jovens da unidade merece acompanhamento especializado. “O Estado precisa oferecer ao adolescente e à sua família suporte para enfrentar esse primeiro momento com as próprias pernas. Infelizmente, ele já é um estigmatizado. Provavelmente, não vai conseguir um emprego, assim como um adulto que sai do sistema penitenciário”, destacou o magistrado.
Cintra apontou que ao longo de um ano de visitas às unidades existentes em 26 estados e mais o Distrito Federal, o programa Justiça ao Jovem constatou locais sem estrutura adequada ou projeto pedagógico aos internos. Violência contra os adolescentes também foi outro problema verificado. O CNJ recomendou uma série de medidas aos estados pelos quais passou, inclusive o fechamento de estabelecimentos.
São Paulo - O coordenador do programa Justiça ao Jovem falou também sobre as visitas a unidades de internação de São Paulo, que é o último a receber as visitas das equipes coordenadas pelo CNJ. Segundo dados da Fundação Casa, responsável por administrar as unidades de internação, há atualmente aproximadamente 8.300 adolescentes internados. O trabalho nos estabelecimentos paulistas começou na segunda-feira (08/08) e se estenderá até sexta-feira (19/08) na capital e região metropolitana. Em setembro, as equipes seguem para as unidades do interior, onde as visitas deverão durar até outubro.
“Constatamos unidades bem administradas, mas com uma arquitetura inadequada para uma melhoria no atendimento. As unidades são verticais, com pouco espaço para atividades esportivas ou de lazer, o que atrapalha a socialização. As atividades e a escolarização existem, mas seria melhor se também houvesse espaço e uma sensação menor de aprisionamento”, afirmou.

Fonte: Agência CNJ de Notícias

Violência contra meninas “afeta gravemente” jovens do nordeste brasileiro

Mudar o Nosso Mundo” é o tema do Dia Internacional da Juventude deste ano. Para a ativista cearense de 26 anos, Luizete Vicente, a desigualdade de gênero e violência contra as meninas são os princiais desafios dos jovens na região nordeste do Brasil.

A educadora social trabalha no Instituto de Juventude Contemporânea, uma organização que luta pelos direitos dos jovens.

Jovens Brasileiras
Em entrevista à Radio ONU, de Fortaleza, Luizete Vicente disse que apesar dos avanços, as políticas públicas direcionadas aos jovens no Brasil ainda não são suficientes.

“Precisamos conversar sobre o estatuto da juventude, que nesse momento, está parado e a gente precisa retomar esse debate da aprovação do estatuto da juventude, como um marco para a história da juventude, que como eu, está saindo já. Mas eu saio dessa condição e tenho que dar espaço e a possiblidade para que outros jovens possam continuar nessa luta”, afirmou.

Violência
Para a ativista, um dos grandes problemas que afetam os jovens do Ceará é a violência contra a mulher. Com base em estudo realizado no estado, Luizete destacou que a desigualdade de gênero é uma barreira para as mulheres jovens.

“A desiguladade de gênero ainda é muito forte. Na pesquisa, várias meninas disseram que gostariam de ter nascido homem por conta de trabalho, que é mais fácil. O fato de ter uma liberdade pelo corpo que é totalmete diferente do homem jovem”, disse.

População Jovem
O Dia da Juventude deste ano culmina com o fim do Ano Internacional da Juventude, designado pela Organização das Nações Unidas e o 25º aniversário do primeiro Ano Internacional da Juventude.

De acordo com a ONU, os jovens no mundo representam mais de um quarto da população mundial e quase 90% moram em países em desenvolvimento.
Da Rádio ONU em Nova YorkYara Costa

Resolução do CONANDA estimula protagonismo nas conferências


O Diário Oficial da União divulgou no dia 3 de agosto a Resolução nº 149, de 26 de maio de 2011, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA. O documento dispõe sobre a participação de crianças e adolescentes nas comissões organizadoras da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, nas etapas municipais/distrital e estaduais.
De acordo com a resolução, caberá aos Conselhos dos Direitos criarem mecanismos que garantam a efetiva participação de meninos e meninas na comissão organizadora, respeitando a proporção de 1 criança e/ou adolescente para 2 adultos.
Na comissão organizadora da etapa nacional, o CONANDA já conta com a participação de cinco adolescentes, sendo um representante de cada região do país, que participam dos debates e contribuem com as decisões do grupo.
O protagonismo juvenil vem sendo defendido há anos pelo CONANDA, ganhando força em 2009, quando 1/3 dos delegados da 8ª Conferência Nacional eram crianças e adolescentes. No Plano Decenal, elaborado pelo conselho, um eixo foi destinado exclusivamente a promover o protagonismo juvenil.
A diretriz 6, no 3º eixo do Plano Decenal, estabelece o "Fomento de estratégias e mecanismos que facilitem a participação organizada e a expressão livre de crianças e adolescentes, em especial sobre os assuntos a eles relacionados, considerando sua condição peculiar de desenvolvimento, pessoas com deficiência e as diversidades de gênero, orientação sexual, cultural, étnico-racial, religiosa, geracional, territorial, nacionalidade e opção política."

Clique aqui e acesse a Resolução nº 149 do CONANDA.

sábado, 13 de agosto de 2011

CLASSE MÉDIA COM MAIS MULHERES

NOVO PERFIL TEM MAIORIA BRANCA E RENDA FAMILIAR ENTRE R$ 1 MIL E R$ 4 MIL

O perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República revela que a nova classe média brasileira, formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%). Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de pessoas e tornou o estrato social mais volumoso.a renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.
Conforme a SAE, seis em cada dez pessoas da classe c estão empregadas. a maioria dessa tem registro formal (42% com carteira assinada e 11% como funcionário público), 19% trabalham sem registro, outros 195 trabalham por conta própria, 3% são empregadores, e 6% não são remunerados. o perfil de formalização da classe C (53%) está acima da média nacional (47%), mas, na classe alta, o índice de formalização é maior, 59%.
O perfil da nova classe média foi tema de seminário promovido, em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento. Segundo os dados, a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).
Os dados educacionais revelam que 99% das crianças e adolescentes (7 a 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma que a da classe alta. A frequencia escolar nas faixas etárias mais elevadas é, no entanto, comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos jovens de 15 a 17 anos e 545 dos adultos de 18 a 24 anos frequentam escola, enquanto, na classe emergente, os percentuais caem para 87% e 28%, respectivamente.
Apesar do perfil escolar mais baixo, a SAE afirma que que a classe C tem buscado incrementar a formação escolar. Ainda conforme os dados compilados da PNAD 2009, 3/4 da classe C moram em casa própria, sendo 99% dos domicílios de alvenaria ou madeira aparelhada, com forro ou coberta de laje, telhado ou madeira aparelhada.

Fonte: Agência Brasil

BLOG DA CIDADANIA ATINGE MAIS DE 3.000 ACESSOS

O Blog da Cidadania, administrado pelo CEDES - Centro de Estudos e Desenvolvimento Social, de Ipojuca, Pernambuco, atingiu a marca de 3.071 acessos desde a sua primeira postagem. Acessado por diversos sistemas operacionais, inclusive por celulares, o Blog da Cidadania, tem sido utilizado até como fonte de pesquisa.
O blog vem sendo acessado por pessoas de todo o Brasil e outros países como: Estados Unidos, Alemanha, Cingapura, China, Japão, Eslovênia, Cuba, Ucrânia, Reino Unido, França, Holanda, Portugal, Letônia, Taiwan, México, Uruguai, entre outros.
O CEDES Agradece a todos e todas que acessam nosso blog. Continuaremos postando informações úteis e importantes, respeitando o direito de todos à informação de qualidade. Acessem e comentem nossos posts.

MUITO OBRIGADO A TODOS E TODAS!

Ipojuca, 13 de agosto de 2011.

Nivaldo Pereira da Silva
Coordenador Geral

Indefinições marcam os preparativos para a Rio+20


Radar Rio+20Pesquisadores e representantes de organizações da sociedade civil falam para jornalistas sobre a Conferência da ONU que acontecerá no Rio de Janeiro, em 2012. Avaliações reforçam ceticismo sobre possíveis resultados do evento.

Realizado no dia 11/8, na Câmara dos Deputados, o seminário “Radar Rio+20 para Jornalistas” reforçou a expectativa de que a conferência que ocorrerá no ano que vem, no Rio de Janeiro, não deve trazer resultados concretos imediatos para as negociações internacionais sobre meio ambiente. Alguns dos participantes do seminário, no entanto, apostam que a conferência pode ser palco de articulações e mobilizações importantes para a sociedade civil.
A Rio+20 pretende fazer um balanço dos desdobramentos da Rio-92 e discutir dois assuntos principais: economia verde e governança global para a erradicação da pobreza. A mudança climática, tema ambiental mais importante e polêmico dos últimos anos, não está na pauta da conferência, organizada pela ONU (Organizações das Nações Unidas), o que vem gerando críticas de pesquisadores, ONGs e governos.
O seminário teve como objetivo capacitar jornalistas para cobrir a conferência e foi promovido pelo ISA em parceria com o Instituto Vitae Civilis, o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Subcomissão Rio+20 da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Contou com a participação de pesquisadores, repórteres e assessores de comunicação de órgãos do governo, organizações e redes da sociedade civil.
Nos dias 19 e 20 de julho, no auditório da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, uma primeira edição do seminário contou com a participação de jornalistas de sites especializados, assessores de comunicação e repórteres de jornais e revistas, que ouviram os palestrantes Aron Belinky, do Instituto Vitae Civilis; José Correa, do Grupo de Reflexão e Apoio ao Fórum Social Mundial (Grap); Ricardo Abramovay, da Faculdade de Economia e Administração da USP; e Rubens Born, do Instituto Vitae Civilis. Em Brasília, os palestrantes foram Tony Gross, sócio-fundador do ISA e pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Aron Belinky, do Vitae Civilis, Ricardo Abramovay (FEA/USP) e Pedro Ivo Batista, do Comitê Facilitador da Rio+20.
Os dois seminários fazem parte do projeto Radar Rio+20 que tem apoio da Fundação Ford. A iniciativa prevê ainda a elaboração e distribuição de um manual básico sobre a Rio+20 para jornalistas e um hotsite destinado ao público em geral. Ambos serão lançados ainda no segundo semestre de 2011.

“Existe a possibilidade de esvaziamento da conferência, mas também a percepção de que ela pode ser um momento importante para a convergência de atores e temas”, disse Aron Belinky, do Vitae Civilis. Ele avaliou que o ceticismo que existe hoje em relação ao sistema ONU e a crise econômica devem dificultar a implantação de tratados internacionais sobre meio ambiente nos próximos anos. Por outro lado, considerou que o consenso existente hoje em todo o planeta sobre a gravidade do problema ambiental pode catalisar mobilizações na conferência com poder de pressionar os meios diplomáticos.
“Não temos muitas expectativas sobre a Rio+20. É muito difícil que a agenda avance porque as decisões só podem ser tomadas por consenso. Mas existe grande expectativa quanto à possibilidade de ocorrerem diálogos importantes entre a sociedade civil e desta com governos e empresariado”, reforçou Pedro Ivo, da Associação Alternativa Terra Azul e integrante do Comitê Facilitador da Sociedade Civil (CFSC) para a Rio+20.
Ivo cobrou maior transparência do governo federal no processo de consulta à sociedade para a coleta de sugestões à posição do governo brasileiro na conferência. “Não sabemos como serão as consultas, que começam em agosto. Este é um processo que já está atrasado”. O CFSC foi criado por ONGs, movimentos e redes sociais para tentar garantir a participação desses setores na conferência.
O sócio fundador do ISA e pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Tony Gross, falou sobre desenvolvimento sustentável e governança global. Ele lembrou que existem cerca de 500 tratados internacionais sobre meio ambiente e 180 países já têm estratégias para proteger a biodiversidade. Apesar disso, segundo Gross, os dados disponíveis comprovam que todo esse investimento não causou até agora impacto sobre as taxas de perda de biodiversidade, que continuam crescendo. “Há um abismo entre intenções e resultados concretos. O desenvolvimento sustentável ainda não foi incorporado como princípio norteador das políticas públicas dos governos”, argumentou.

Governança global
Tony Gross apontou as alternativas em discussão na ONU sobre a questão da governança global ambiental: aumentar o status e o poder do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); criar um organismo guarda-chuva para o tema do desenvolvimento sustentável (proposta apoiada pelo governo brasileiro) ou criar uma entidade autônoma especializada, com poder de sanção, a exemplo de instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC); reformar as instituições já existentes tornando-as mais aptas a lidar com o desafio do desenvolvimento sustentável.
A atuação do Brasil como anfitrião da conferência também foi tema da mesa do seminário. O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), presidente da Subcomissão Rio+20, considerou grave que a mudança climática tenha ficado de fora da Rio+20. Ele propôs que a Presidente Dilma Roussef convoque um grupo formado pelos principais países envolvidos para tentar avançar nas negociações, emperradas desde a Conferência do Clima em Copenhague (COP 15), em 2009. “Se não conseguirmos avançar, corremos o risco de criar um vácuo normativo com o término do Protocolo de Kyoto, no final de 2012”.
Para Sirkis, a conferência deveria avançar ainda na discussão da valoração dos serviços ambientais e na mudança dos principais indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), que deveria passar a considerar aspectos ambientais.
“O Brasil tem de ter posições avançadas e ser protagonista na conferência, não pode entrar na conferência na defensiva. Mas fica difícil fazer isso com um ‘rombo no casco’ como a proposta do Código Florestal aprovada pela Câmara em junho”, alertou o deputado Ivan Valente (PSol-SP). “A sociedade civil e o movimento social têm um papel importante de pressionar o sistema de decisões internacional que é blindado, inclusive pela grande mídia. Precisamos forjar bandeiras e palavras de ordem comuns”.

Economia verde
O sociólogo e professor da USP Ricardo Abramovay falou sobe economia verde. Ele apresentou dados que mostram que o consumo mundial de matérias-primas e energia continua crescendo, apesar dos alertas dos cientistas sobre o esgotamento dos estoques mundiais de recursos naturais. O pesquisador disse que o principal desafio da economia verde não é apenas limitar os padrões excessivos de consumo e produção nos países ricos, mas também diminuir a diferença entre esses padrões e aqueles praticados nos países pobres.
“Economia verde” é definida pela ONU como “aquela que resulta na melhoria do bem-estar humano e da igualdade social ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e as escassezes ecológicas”.

Fonte: Instituto Socioambiental

FÓRUM DA SOCIEDADE CIVIL DE POMBOS - PE

Em defesa dos direitos da criança e do adolescente, juventude, arte e cultura, mulheres e agricultura.


SOBRE O FÓRUM

O Fórum de Pombos é um espaço que reúne 14 organizações da sociedade civil, dentre elas ONG's, sindicatos, oscips, associações, igrejas, propondo e monitorando as políticas públicas em prol de uma melhor qualidade de vida para as comunidades locais.
Implantado em fevereiro de 2009, o Fórum surge como um espaço político, estratégico, de troca de experiência e formação continuada, através das rodas de diálogos, campanhas, audiências públicas e participação nos espaços políticos de articulação.

É PAPEL DO FÓRUM

Influenciar na efetivação das políticas públicas locais, fazendo monitoramento, na perspectiva do controle social.

FAZEM PARTE DO FÓRUM

Geração Futuro, Patoral da Criança, Serviço de Tecnologia alternativa (Serta), Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável, Grupo de Informática e Ação Local (Giral), Associação dos Produtores Rurais dos sítios Cajoca e Tabocas, Centro das Mulheres de Pombos, Associação José Severino Filho, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pombos, Associação Rural de Porteira I, Sociedade Maçônica, Associação dos Produtores Rurais do Sítio Sapucaia, Associação dos Moradores do Loteamento João Farias.

APOIO

CESE
Cordenadoria Ecumenica de Serviço
www.cese.org.br

CRIME É AFRONTA À DEMOCRACIA

O assassinato da juíza Patrícia Acioli é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e mais um ataque a defensores de direitos humanos no Brasil, disse ontem, em nota, a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Segundo ela, o crime não intimidará a atuação do Estado brasileiro e de toda a sociedade no combate ao crime organizado no País.

Patrícia Acioli era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Nos últimos dez anos, ela foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de extermínio na região. De acordo com Maria do Rosário, a juíza foi um exemplo do cumprimento do papel do Poder Judiciário na defesa de direitos e teve sua trajetória profissional pautada pelo enfrentamento ao crime organizado no País.

“O Governo Federal e o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) não medirão esforços para fazer cessar práticas desumanas de execução sumária daqueles que se dedicam à defesa dos direitos humanos e zelará para que situações como esta sejam investigadas de forma célere e efetiva”, informou a nota. A Secretaria de Direitos Humanos informou que o CDDPH se solidariza com os parentes e amigos da vítima.

LEVANTAMENTO

O Brasil tem pelo menos 87 magistrados ameaçados, e nem todos estão sob escolta ou proteção policial. O número foi apresentado ontem pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon. O levantamento do CNJ é preliminar. O nome da juíza Patrícia Acioli não estava entre os 13 magistrados sob ameaça que constam na lista enviada pelo TJ-RJ. A ministra relatou que o TJ-RJ ofereceu à juíza Patrícia a mudança para uma vara “mais amena”, mas ela recusou. “Ela disse que não queria, que gostava do que fazia e que não tinha medo”.

Fonte: Agência Brasil

A Carta publicada no Globo

Por Gil Cordeiro Dias Ferreira

Que venha o novo referendo pelo desarmamento. Votarei NÃO, como da primeira vez, e quantas forem necessárias. Até que os Governos Federal, Estaduais e Municipais, cada qual em sua competência, revoguem as leis que protegem bandidos, desarmem-nos, prendam-nos, invistam nos sistemas penitenciários, impeçam a entrada ilegal de armas no País e entendam de uma vez por todas que NÃO lhe cabe desarmar cidadãos de bem.
Nesse ínterim, proponho que outras questões sejam inseridas no referendo:
·       Voto facultativo? SIM!
·       Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
·       Reduzir pela metade os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
·       Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!
·       Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!
·       Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM!
·       Fidelidade partidária absoluta? SIM!
·       Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!
·       Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
·       Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!
·       Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público? SIM!
·       Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
·       Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um terço? SIM!
·       Voto em lista fechada? NÃO!
·       Financiamento público das campanhas? NÃO!
·       Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
·       Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM!
Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!!!!!!!!!!
 
"O dinheiro faz homens ricos; o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz homens grandes."

SEMINÁRIO: A Sociedade em Rede e a Criança e o Adolescente - Integrar políticas e promover direitos


ADOLESCENTE DESAPARECIDA






ELA É A FILHA DO ENGENHEIRO JULIO CESAR FLORES BORRAZ DA ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE COUTEIROS


Passe foto a todo o mundo, nunca se sabe......    
Por favor,  olha a foto,  lê a mensagem de uma mãe desesperada e passa foto a todos seus contatos
 
Minha filha tem 13 anos, Ashley Flores, está desaparecida desde duas semanas. Pode acontecer que se todos passarem esta mensagem, alguma pessoa reconhecerá ela. Pessoas descobriram este método. Internet circula no mundo inteiro... por favor, passa esta mensagem a todos seus contatos. Graças a tudo isso pode-se achar minha menina.   
Eu peço a todos, eu imploro a todos, por favor passe esta imagem a todas as possíveis pessoas. Ainda não é tarde por favor, me AJUDE. Sim se você tiver informação, contata-se com: HelpfindAshleyFlores@yahoo. só precisa de 2 minutos necessários para fazer circular esta mensagem. Se fosse seu filho você faria até coisa impossível para obter ajuda.     
  
 
Deus premiará a tua bondade
 

Cendhec inicia curso do projeto É de Direito!

Primeira turma terá a temática do Sistema Protetivo. O Curso será realizado em parceria com a UFRPE/Escola de Conselhos e será certificado como um curso de Aperfeiçoamento.

O Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) está iniciando o curso de formação É de Direito: proteção e justiça para crianças, adolescentes e jovens”, voltado exclusivamente para profissionais que atuam em Instituições de Atendimento, Segurança e Justiça da Área da Infância e Juventude de Pernambuco. No total, o Curso terá 132 horas/aula e será reconhecido como um Curso de Aperfeiçoamento pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, através da Escola de Conselhos.

O curso terá início no dia 17 de agosto e terá aulas às 2ªs e 4ªs feiras, à noite, até o mês de dezembro. Essa primeira turma, que vai até dezembro, será voltada para a temática do Sistema Protetivo. A capacidade da turma será de 50 pessoas.

O objetivo do curso é contribuir com a formação de profissionais dos sistemas de atendimento, segurança e justiça tanto do sistema protetivo como do socioeducativo, fornecendo maior conhecimento e aprofundamento de normas e padrões referentes aos direitos da infância e juventude e debatendo sobre discriminação, estereotipagem e violência.

O público predominante do curso são profissionais de entidades de atendimento (educadores sociais, técnicos e gestores); além de profissionais da área de segurança e justiça (delegados, membros dos Conselhos Tutelares e de Direito, defensores públicos, técnicos do Judiciário e magistrados).


RELEVÂNCIA DA FORMAÇÃO

Segundo Eduardo Paysan, advogado do Cendhec e um dos coordenadores do curso, a importância desta formação se dá, na medida em que, o desconhecimento ou não-cumprimento de normas e padrões referentes aos direitos da infância e juventude.

Segundo ele, esses tipos de situação se manifesta de três formas. “A primeira, através da violência, superlotação e falta de serviços de educação, saúde, proteção e lazer nas instituições. Além disso, há a estereotipagem negativa contra crianças e adolescentes (predominantemente negros) das favelas urbanas. E a outra questão é a aplicação punitiva de medidas de privação de liberdade (tanto em casas de acolhimento como centros de internação) sem considerar medidas alternativas de justiça ou proteção em espaços familiares ou comunitários, conforme preconiza o ECA”, enfatiza o advogado.

Segundo Eduardo, a ação visa modificar a prática. “Na formação, vamos trabalhar a partir do conhecimento dos instrumentos nacionais e internacionais para os direitos e proteção de crianças e adolescentes, como também pela utilização de métodos participativos para mudança de comportamento”, comenta.

O curso será dividido nos seguintes módulos e conteúdos:

· MÓDULO I: MARCO HISTÓRICO E CONCEITUAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL
· MÓDULO II: DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
· MÓDULO III: RAÇA, GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL
· MÓDULO IV: VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES FORMA DE PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO
· MÓDULO V: MARCO LEGAL
· MÓDULO VI: O SGD E A POLÍTICA DE ATENDIMENTO
· MÓDULO VII: RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
· MÓDULO VIII: ELABORAÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA E PLANEJAMENTO OPERATIVO

Para mais informações relativas ao curso, o contato pode ser feito através do CENDHEC, pelo fone: (81) 3227-7122/ 3227-4560/ 3227-7662 ou pelo e-mail: cendhec@cendhec.org.br. PROJETO

O projeto É de Direito: proteção e justiça para crianças, adolescentes e jovens, conta com o apoio da Fundação Abrinq/Save The Children e da União Europeia e em parceria com o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco - CEDCA/PE.

O É de Direito se propõe, em três anos, a contribuir para a redução da violência contra crianças e adolescentes atendidos em 10 instituições (6 da FUNASE e 4 de Acolhimento Institucional). Além disso, busca enfrentar questões de estigma e discriminação nos sistemas de proteção e justiça no estado de Pernambuco. E visa desenvolver mecanismos de atendimento alternativo familiar e comunitário e de alternativas à internação em três comunidades na Região Metropolitana de Recife (Jaboatão Centro, Peixinhos e Santo Amaro), que também são foco do Pacto Pela Vida (Plano Estadual de Segurança Pública), através das ações de prevenção à violência do Governo Presente, dentre elas a de Mediação de Conflitos Comunitária. 


Serviço:
Curso de Formação: É de Direito: proteção e justiça para crianças, adolescentes e jovens - Primeira Turma
Início: Quarta-feira, 17 de agosto
Mais Informações: Eduardo Paysan Gomes, advogado do Cendhec: (81) 3227-7122

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Abrigamento compulsório no Rio de Janeiro


Abrigamento compulsório de crianças e adolescentes viciadas em drogas e em situação de rua na cidade gera polêmica

Desde março deste ano, a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro está realizando operações de combate ao crack, retirando usuários das ruas da cidade. Das mais de mil pessoas recolhidas até 29 de julho, 249 são crianças e adolescentes. Segundo o protocolo estabelecido pela Secretaria em maio, quando começou o abrigamento compulsório, 82 crianças e jovens encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente que, após exames clínicos e psiquiátricos, foram diagnosticados como dependentes do crack, foram para abrigos para passar por um processo de desintoxicação da droga.

Manifesto
Diversas entidades de proteção dos direitos infantojuvenis realizaram, no fim de julho, o ato “Recolher não é acolher” para demonstrar repúdio ao abrigamento compulsório.
Para Margarida Pressburger, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, “na verdade, a ação é um recolhimento feito de forma totalmente destorcida. As crianças são levadas para abrigos como o Casa Viva, que visitei em companhia da Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. O local é residencial e não tem estrutura nenhuma. Sem área de lazer, espaço para atividades educacionais, nem acompanhamento médico adequado, o abrigo, assim como o programa como um todo, fere o Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Margarida ainda lembrou que a ministra Maria do Rosário e Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmem de Oliveira, são contrárias à atuação e já propuseram melhorias para o programa.

Atuação de acordo com o ECA
O Secretário de Assistência Social do Rio de Janeiro,Rodrigo Bethlem, por sua vez, diz que a integridade dessas crianças e adolescentes é de responsabilidade do Estado e que o abrigamento compulsório nada tem a ver com uma suposta “higienização da cidade”, para prepará-la para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, como denunciado pelas entidades. “Esse programa tem como objetivo salvar vidas. As entidades contrárias a ele são formadas por demagogos de plantão, que não apresentam proposta nenhuma para melhorar a condição de vida dessas crianças e fazem exercício de achismo. Nós estamos preocupados em cumprir com a nossa obrigação, prevista pelo ECA”.
Mas, para alguns especialistas, o simples fato de abrigar não é suficiente. “Para melhorar a qualidade de vida dessas crianças e tirá-las definitivamente das drogas, é preciso realizar um processo de ressocialização. É necessário tentar reinseri-las na convivência familiar e oferecer educação e capacitação a elas. Se o jovem for abrigado, o abrigo deve oferecer atividades para que ele desenvolva suas habilidades e se prepare para quando  não estiver mais nessas condições”, afirma Fabiana Lustosa Gaspar, psicóloga responsável pela área de política de drogas da ONG Viva Rio. Segundo ela, a iniciativa da Secretaria é importante, mas as ações não podem parar no recolhimento. O trabalho de reinserção social deve ser feito com cada um dos adolescentes, para que não retornem às ruas. “Somente trabalhando de maneira multidisciplinar será possível acabar com esse problema”, acrescenta.

Situação de rua
O programa da Secretaria Municipal de Assistência Social recolhe, durante as operações, todas as crianças e adolescentes em situação de rua. No entanto, não há uma estratégia específica para o atendimento das crianças e adolescentes que não são usuários de droga - depois de encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, eles são liberados e acabam retornando às ruas.

Confira o Manifesto em defesa dos direitos humanos das crianças e adolescentes da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Portal PróMenino

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

COMO INVESTIR PARA MELHORAR O APRENDIZADO

Viviane Senna
Presidente do Instituto Ayrton Senna e coordenadora da equipe técnica do movimento Todos pela Educação.

A educação brasileira fez progressos importantes em termos de resultados alcançados e políticas implementadas. Segundo o Banco Mundial, somos o país que mais rapidamente aumentou a escolaridade média da população entre 1990 e 2010 (de 5,6 para 7,2 anos), tomando o recorde que era da China. Somos também um dos países com o maior avanço no aprendizado dos alunos, medido pelo Pisa, no período de 2000 a 2009. Implementamos e institucionalizamos instrumentos e processos de avaliação de resultados. Mas, como todos sabemos, ainda há um longo percurso pela frente, com desafios fundamentais a nos exigir ações mais objetivas e precisas.
Acabamos de dar um passo importante: o movimento Todos pela Educação e o Instituto Ayrton Senna lançaram um mapeamento da produção científica mundial sobre os fatores que impactam a aprendizagem dos alunos.
O trabalho organiza de forma inédita os resultados de 165 estudos acadêmicos brasileiros e estrangeiros, selecionados por critérios técnicos rigorosos entre cerca de 600 inicialmente consultados.
Conduzido por Ricardo Paes de Barros e mais de 20 pesquisadores de renomadas universidades brasileiras, “Caminhos para Melhorar o Aprendizado” analisa políticas que possam contribuir para o alcance da Meta 3 do movimento, a de ter todo aluno com aprendizado adequado à sua série.
Indo além do senso comum e dos achismos, quebrando alguns mitos, o trabalho aponta, por exemplo, que os alunos dos melhores professores aprendem até 70% mais em cada ano. É óbvio que o bom professor ensina mais e melhor, mas agora podemos saber a magnitude dessa desigualdade, que prejudica exatamente as crianças e os adolescentes menos favorecidos. O trabalho quantifica o alto impacto e ressalta a importância de políticas que aumentam a exposição do estudante ao conhecimento: cumprimento do calendário escolar, aumento da jornada, reforço escolar, redução do absenteísmo de professores e alunos e redução do número de alunos por turma.
“Caminhos” tem o refinamento de indicar, por exemplo, que o impacto da redução do tamanho das turmas é maior nas séries iniciais do que nas finais, dando ao gestor a opção de focalizar melhor os investimentos. Se o gestor tem o desafio de recuperar alunos muito defasados, aumentando a proficiência para reduzir rapidamente as desigualdades educacionais, saberá que uma estratégia de baixo custo e alto impacto é a formação de turmas mais homogêneas.
Do ponto de vista cognitivo, essa política pode elevar em até 35% o aprendizado do aluno ao longo do ano, mas o gestor deve também levar em conta equilíbrio entre o aumento da proficiência e os objetivos sociais mais amplos da educação. O trabalho aumenta a gama de informações à disposição do decisor e dá subsídios para nova geração de politicas públicas, baseadas em evidências, mais focalizadas e comprometidas com resultados.
Também oferece base para a produção de novos e necessários estudos acadêmicos, que possam contribuir com a constante melhoria dessas políticas, conforme apontou James Heckman, Nobel de Economia, ao conhecer o trabalho.
Os aprendizados e as ressalvas necessárias para seu bom uso estão disponíveis no site www.paramelhoraroaprendizado.org.br , apresentados de modo prático para quem está envolvido na construção de uma educação pública em que os alunos possam efetivamente aprender.
*Artigo publicado originalmente na Folha de S.Paulo, dia 06/06/2011.

No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, especialistas alertam sobre nível alto em crianças

O colesterol alto na infância e adolescência está relacionado, na maioria dos casos, à má alimentação e ao sedentarismo. Pode ser provocado por uma doença genética ou histórico familiar, como pais e avós que tenham tido infarto ou derrame.
O estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a dieta alimentar do brasileiro mostra que os adolescentes de 14 a 18 anos de idade são os que mais ingerem alimentos com colesterol, aqueles de origem animal, como carnes, leite, queijos, manteiga ou iogurte.
Entre os meninos, a média de consumo foi de 282,1 miligramas por dia e, entre as meninas, de 237,9 miligramas – as maiores médias em comparação às faixas etárias analisadas dos dois sexos. O recomendado é ingerir de 200 a 300 miligramas de colesterol por dia.

O consumo exagerado pode elevar o nível de gordura no sangue. O colesterol alto não traz problemas imediatos para as crianças e adolescentes. Mas quando fica sem tratamento, aumenta o risco de doenças cardíacas na fase adulta.
“Se não for tratado na infância ou na adolescência, aumenta o risco de a pessoa sofrer um infarto aos 25 ou 30 anos de idade”, alerta o diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Daniel de Araújo
Como o nível acima do normal não apresenta sintoma ou causa desconforto, a cardiologista Ana Paula Chacra, do Instituto do Coração (InCor) em São Paulo, explica que os pais devem ficar atentos ao sobrepeso nos filhos, um sinal de que a taxa pode estar fora do normal.
“Não dá sintoma. A criança ou o adolescente começa a engordar e é nesse momento que os pais devem agir”, explicou a médica, integrante do setor de dislipidemias, que cuida do aumento do colesterol e dos triglicerídeos no sangue.  A taxa elevada é identificada somente por meio de um exame de sangue. A especialista acrescenta que os cuidados devem ser redobrados se a criança tiver parentes próximos com colesterol alto.
Para evitar o distúrbio, os médicos recomendam a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável, com verduras, legumes, frutas e carnes magras. Outra indicação é observar o nível de colesterol a partir dos 10 anos de idade. “O adolescente não faz exercício. Essa vida moderna não ajuda”, disse Ana Paula Chacra.
O colesterol é uma substância que ajuda na formação de uma capa protetora nos nervos e na produção da vitamina D, da bile e de hormônios. A maior parte (cerca de 70%) é produzido pelo fígado e o restante vem da ingestão de alimentos. Em excesso, o colesterol contribui para o entupimento das artérias, impedindo a passagem do sangue, e torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares.
Existem dois tipos de colesterol. O HDL, chamado colesterol bom, reduz o risco de acúmulo de gordura nas artérias. O LDL, colesterol ruim, deposita gordura nas artérias e dificulta o fluxo sanguíneo.

Fonte: Agência Brasil

CEDES prestigia lançamento de Programa de Saúde Bucal em Ipojuca

Vilma, Agente Comunitária de Saúde, com Carlos, Vice-Coordenador do CEDES, prestigiam o evento.

Carta aberta da sociedade civil latino-americana sobre o acordo do ‘MPP’ com a empresa Gilead

Versão para impressãoEnviar para amigoVersão PDFMedicamentosA primeira licença assinada entre o “Pool de Patentes de Medicamentos” (MPP, sigla em inglês) e uma empresa farmacêutica frustrou expectativas da sociedade civil de diversos países. Lançado como um mecanismo inovador de promoção do acesso a medicamentos patenteados em países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, o MPP contrariou os princípios que justificaram sua criação ao excluir diversos países dos benefícios da primeira licença anunciada, notadamente países da América Latina.

O acordo anunciado no dia 12 de julho com a empresa Gilead permite a produção, por empresas indianas, de versões genéricas dos seguintes medicamentos para HIV: tenofovir, emtricitabina, cobicistat e eviltegravir, bem como a combinação destes quatro medicamentos em uma única pílula conhecida como Quad. Vale ressaltar que a Gilead já possuía acordos com empresas indianas esde 2006 para produção de genéricos dos medicamentos Viread(R) (fumarato de tenofovir disoproxila, ou TDF) e Truvada(R) (fumarato de tenofovir disoproxila + emtricitabina). Esses acordos permitiam que as empresas indianas vendessem apenas para determinados países.

O MPP representava uma esperança de superação dessa limitação do escopo geográfico, pois foi anunciado como um mecanismo de promoção do acesso em todos os países em desenvolvimento. Essa promessa não está sendo cumprida. Alguns países que não estavam incluídos nas licenças negociadas entre a Gilead e empresas indianas alguns anos atrás foram contemplados no acordo negociado com o MPP, mas muitos países em desenvolvimento continuam excluídos. Consideramos inaceitável que haja discriminação entre países e que as empresas decidam quais populações podem ser beneficiadas.

Desse modo, o MPP não está colaborando para impedir que pacientes de países da América Latina tenham seus tratamentos interrompidos por causa do alto custo dos medicamentos nem para preservar a sustentabilidade de programas de saúde. Acreditamos que o MPP tem o potencial de fazer com que as necessidades de saúde pública prevaleçam sobre exigências comerciais e desse modo colabore para superar segmentações de mercado que afetam o acesso a medicamentos.

No nível político, lembramos que na Declaração de UNGASS 2011, parágrafo 71, C, os países se comprometeram a remover os obstáculos que limitam a capacidade de países de baixa e média renda de fornecer tratamento ARV, e que o uso do MPP foi citado como uma alternativa para este fim.

Por isso, é alarmante que muitos dos países excluídos sejam da América Latina. De acordo com relatório recente da UNAIDS, países desta região têm gastado cada vez mais seus escassos recursos públicos para fornecer tratamento para Aids, fato agravado por passarmos por um cenário de recuo global de doadores internacionais para projetos de HIV/Aids, que afeta especialmente a América Latina. A região tem sido freqüentemente esquecida e foi a única do sul global que não foi citada na recente Declaração Política de UNGASS 2011. No contexto enfrentado por nosso continente, onde a demanda pela incorporação de medicamentos novos protegidos por patente – como pode vir a ser o caso do cobicistat e do eviltegravir - é grande, o MPP poderia desempenhar um papel chave, garantindo a esses países preços mais acessíveis. Porém, não foi o que aconteceu nessa primeira licença.

Ademais, o MPP foi estabelecido pela UNITAID como uma entidade para a qual empresas, pesquisadores e universidades licenciariam suas patentes de medicamentos essenciais e a partir daí, qualquer empresa interessada em usar as invenções poderia negociar uma licença com o MPP, sob condições predeterminadas. Essa promessa também não está sendo cumprida. Na licença anunciada no dia 12, ficou estabelecido que apenas empresas indianas podem negociar com o MPP. Outros países com capacidade de produzir genéricos foram excluídos, contrariando a proposta inicial de encorajar uma multiplicidade de produtores e a redução de preços via concorrência.

Nós, organizações da sociedade civil de diversos países excluídos da licença negociada entre o MPP e a Gilead, manifestamos nosso descontentamento com esse acordo e clamamos para que os princípios de não discriminação defendidos pelo MPP sejam adotados nesta negociação e nas que estão por vir.

Esperamos muito mais do Pool de Patentes e pedimos para que esta entidade defenda os interesses das populações dos países em desenvolvimento e atue sempre em conformidade com os princípios sobre os quais foi criado. Exigimos que esses princípios sejam considerados não-negociáveis nas licenças acordadas com empresas farmacêuticas. Por fim, esperamos que este acordo não sirva de modelo para futuras negociações, levando adiante uma prática contrária aos princípios do MPP e gerando uma exclusão inaceitável de países da América Latina e de outras regiões.

Atenciosamente,

Acción Ciudadana Contra el Sida - ACCSI - Venezuela
Acciones Voluntarias sobre Educación – AVE- México
Alianza LAC Global por el Acceso a Medicamentos
ALUVIH/SUR - Argentina
ASEPO (Asociación de Ayuda al Soro Positivo)
Asociación Animo y ALiento
Asociación Coordinadora de Sectores de Lucha Contra el Sida - ACSLCS
Asociación Cristiana de Jóvenes – El Salvador
Asociación Gente Nueva - Guatemala
Asociación Nacional de Personas Positivas Vida Nueva - El Salvador.
Asociación para la Salud y la Ciudadania en América Latina - ASICAL
Asociación Amigos por Siempre Promoviendo tus Derechos- AAxS - Perú
Asociación Portadores de Vida- Formosa - Argentina
Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids -ABIA - Brasil
Avellaneda - Argentina
Balance Promoción para el Desarrollo y Juventud - México
Coalición Ecuatoriana de personas que viven con VIH/Sida – Equador
Coalición Internacional de Activistas en Tratamientos
Colectivo Córdoba solidária - Argentina
Comité Salud
Condomóvil – México
Conectas Direitos Humanos - Brasil
Corporación Kimirina - Equador
Derechohabientes Viviendo con VIH del IMSS (DVVIMSS)
EAM Guanabacoa AMISTAD
Foro de Ongs en la Lucha Contra el VIH – El Salvador
Fundación Arcoiris por el respeto a la diversidad sexual - México
Closet de Sor Juana - México
Fundación Buenos Aires Sida - Argentina
Fundación Huellas - Equador
Fundación Huésped – Argentina
Fundación Manodiversa – Bolívia
Fundación Misión Salud - Colômbia
Fundación para Estudio e Investigación de la Mujer -FEIM
GAPA/ SP - Brasil
Gente Buena del Sur - Argentina
Gestos – Brasil
Grupo de Resistência Asa Branca - GRAB - Brasil
Grupo Esperanza y Vida
Grupo Genesis Panamá + - Panamá
Grupo pela Vidda/RJ - Brasil
Grupo Pela Vidda/SP - Brasil
Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC - Brasil
Instituto de Estudios de La Mujer "Norma Virginia Guirola de Herrera”– El Salvador
International AIDS Women Caucus -IAWC
Intilla Asociación Civil – Argentina
La Asociación por La Vida (ASOVIDA) - Venezuela
La Mesa de Organizaciones con trabajo en VIH/sida - Colômbia
La Red de Ongs y Obc con trabajo en VIH/Sida del Interior de Venezuela (REDIVIH)
LACCASO
Licencia Obligatoria - Colômbia
Lídice Lopez, Activista Independiente - Perú
LIGA Bonaerense de Diversidad sexual - Argentina
Liga Colombiana de Lucha Contra el Sida - Colômbia
Luz M. Umbasia Bernal, abogada
Movimiento Latinoamericano y del Caribe de Mujeres Positivas – Uruguay
Movimiento Latinoamericano y del Caribe de Mujeres Positivas (Regional)
Movimiento Mexicano de Ciudadanía Positiva - México
Mujer y Salud en Uruguay – MYSU – Uruguay
Mujeres en Positivo por Venezuela - Venezuela
Observatorio Centroamericano VIH
Observatório Latino
Projeto Esperança de São Miguel Paulista – PROJESP - Brasil
Red Argentina de Mujeres Viviendo con VIH-sida (RAMVIHS)- Argentina
Red Argentina de Personas Positivas (Redar Positiva) - Argentina
Red Bonaerense de Personas viviendo con VIH - Argentina
Red de Personas con VIH/sida Mar del Plata
Red de PVVS de la Frontera Uruguay-Brasil.
Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe – RSMLAC
Red Latinoamericana de Personas con VIH - REDLA+
Red Mexicana de Personas que Viven con VIH/SIDA - México
Red Nacional de Jóvenes y Adolescentes para la Salud Sexual y Reproductiva – Argentina
Red Peruana de Mujeres Viviendo con VIH – Perú
Red Venezolana de Gente Positiva - Venezuela
Red Venezolana de Mujeres Positivas – RVM+ - Venezuela
RNP+ São Luís - Brasil
Senderos Asociación Mutual de Cali - Colômbia
Sra Silvia Gigena
TRAVESIA - Argentina
Vivir. Participación, Incidencia y Transparencia – México

Contatos

Veriano Terto Jr. - verterto@abiaids.org.br / +55 21 2223-1040
Coordenador Geral

Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids - ABIA
Felipe de Carvalho – felipe@abiaids.org.br / +55 21 2223-1040
Assessor de imprensa

Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI/Rebrip)
Pedro Villardi – pedro@abiaids.org.br / +55 21 2223-1040
Assessor de Projetos

Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI/Rebrip)
Sérgio Costa Souza - sergio.souza.costa@gmail.com
Consultor independente

Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI/Rebrip)

Foto: Guy Shapira, no Dreamstime

Fonte: RETS