Inaugura-se, hoje, a 12ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) no Centro de Convenções do Recife, onde os estandes dos expositores funcionarão até o próximo dia 10 de julho. Os temas escolhidos para simbolizá-la são a literatura de cordel e a xilogravura.
A iniciativa já faz parte do calendário de eventos anuais desta capital, recebendo artesãos deste Estado, do País e de mais 35 nações, constituindo uma oportunidade de negócios e intercâmbio entre os representantes de povos participantes da feira, representando, também, de natureza turística, em que se divulgam criações das respectivas culturas populares.
Estima-se que participarão 5 mil expositores da 12ª Fenearte numa área de 29 mil metros quadrados, no Centro de Convenções. Arte, cultura, gastronomia, decoração, moda e música são temas constantes do evento, que deverá receber um público calculado em 270 mil pessoas. O investimento realizado na maior feira de arte de artesanato da América Latina foi de R$ 3,5 milhões, devendo movimentar transações comerciais no valor de R$ 28 milhões durante os dez dias de duração.
A decoração do evento está ligada ao universo do cordel e da xilogravura, reunindo obras de 17 cordelistas pernambucanos, as quais serviram de inspiração para a montagem das oito praças de descanso da exposição. J. Borges, Dila e José da Costa Leite , considerados patrimônios vivos deste Estado, encabeçam a relação dos demais artesãos que serão homenageados.
Além de todos os Estados estarem representados, haverá trabalhos artesanais da Alemanha, Bangladesh, China, Chile, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Equador, Filipinas, França, Grécia, Marrocos, Nepal, Nigéria, Paquistão, Peru, Portugal, Quênia, República Tcheca, Senegal, Sri Lanka (antigo Ceilão), Síria, Tailândia, Tunísia, Turquia e Uruguai. Inclua-se, também, a inédita participação da Ucrânia, com peças de porcelana decorativa, da Austrália, com um estande de semi-jóias típicas, e o artesanato específico do Oriente Médio, por intermédio da representação da Jordânia.
Um dos maiores colecionadores de arte popular do Brasil, o pernambucano Liedo Maranhão, exporá parte do seu considerável acervo, como uma antiga prensa (impressora, prelo etc.), matrizes e livros de cordéis originais, inclusive folhetos políticos sobre o ex-presidente Getúlio Vargas, o ex-governador Miguel Arraes e outros homens públicos. Reproduções de 150 raros cordéis portugueses do início do século XVII até o século XX também serão apresentados.
Existem outros espaços de igual relevância, relacionados com as diversas etnias dos nossos índios, outros destinados a atividades infantis, enfim um evento abrangente, em termos de artesanato e cultura popular internacionais, cujos curadores são a jornalista e pesquisadora Maria Alice Amorim e o arquiteto Carlos Augusto Lira, devendo obter o mesmo sucesso dos anos anteriores à sua realização.
Fonte: Folha de Pernambuco
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