quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Transmissão do HIV/aids e sífilis de mães para seus bebês

Mais da metade das novas infecções pelo HIV/aids que ocorrem no Brasil atinge adolescentes e jovens com idade entre 15 e 24 anos. Cerca de 300 mil jovens vivem com HIV/aids. A maior parte ainda não sabe que é soropositiva – ou seja, eles não sabem que têm o vírus e que podem passar para outras pessoas.
No Brasil, uma em cada quatro pessoas de 14 a 19 anos tem algum tipo de doença sexualmente transmissível (DST). São mais de três milhões de adolescentes com pelo menos uma destas doenças sexualmente transmissíveis: HPV, clamídia, herpes ou tricomoníase.
Os bebês não estão a salvo. A principal forma de transmissão do HIV/aids e da sífilis é aquela que acontece da mãe para o bebê durante a gestação, o parto e ou a amamentação – a chamada transmissão vertical. Se a mãe tem um acompanhamento pré-natal adequado e recebe as orientações e tratamentos necessários, cai para muito próximo de zero a chance do bebê contrair o HIV.
O que fazer para evitar a transmissão de doenças como o HIV/aids? Primeiro a gente precisa entender que toda criança e todo adolescente tem direito de ser protegido contra qualquer tipo de doença. Informação, conhecimento e diálogo ajudam a prevenir e a compreender porque tantas crianças e adolescentes vivem com doenças sexualmente transmissíveis.
Mas informação sem atitude não muda nada. Por isso, o UNICEF está chamando todos os municípios, especialmente os inscritos no Selo, para uma grande ação. A proposta é que, em cada município, os gestores públicos, conselheiros, escolas, serviços de saúde, comunicadores, movimentos e organizações sociais, defensorias públicas, enfim, todas as pessoas e instituições realizem ações conjuntas no Dia Nacional de Combate à Transmissão Vertical do HIV e Sífilis.
Essas ações devem acontecer de acordo com as formas de organização de cada comunidade. Pode ser, por exemplo, uma roda de conversa para discutir a importância de zerar a transmissão vertical do HIV/aids e da sífilis. As instituições podem dividir tarefas, responsabilidades e melhorar o que já vem sendo feito, como capacitar profissionais e educadores de saúde, ampliar e melhorar o atendimento às mães e crianças.
Para prevenir a transmissão do HIV/aids de mãe para filho, os serviços de saúde devem agir imediatamente ao constatar que uma gestante vive com o vírus. A mãe precisa de acompanhamento médico adequado a fim de impedir a transmissão para o bebê. O parceiro também recebe atenção e tratamento. O atendimento à saúde da gestante é garantido por lei. A mãe tem o direito de realizar todos os exames, procedimentos e acompanhamento necessários para a proteção da sua saúde e da criança que vai nascer.
Se você está grávida, procure o posto de saúde e faça o pré-natal. A gravidez deve ser acompanhada desde o início e é o primeiro passo para prevenir qualquer doença na criança. Com esse cuidado, o ciclo das transmissões de doenças sexualmente transmissíveis é rompido, preservando a saúde do bebê e dando a atenção necessária à mãe. Agora, se no seu município, os serviços de saúde não fazem os exames e testes necessários a essa proteção, denuncie ao Conselho Municipal de Saúde ou à Defensoria Pública. Você também pode fazer a denúncia às organizações comunitárias de saúde popular que existem em seu município. Você e seu bebê têm direito de serem atendidos e protegidos.
O acesso a um pré-natal de qualidade é direito de todas as mulheres e seus bebês. Para contribuir com informações e orientação dos profissionais e gestores de saúde, o UNICEF publicou dois guias sobre "Como Trabalhar a Prevenção à Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Seu Município" – um para orientar os gestores municipais e outro para os profissionais de saúde. Os guias foram elaborados em parceria com o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST e Aids do Ministério da Saúde. Você pode acessar a página do UNICEF na internet: http://unicef.org.br/ e baixar os dois guias de orientação (1).

(1) Esses guias também podem ajudar os profissionais de comunicação como fonte importante de dados e orientações sobre o tema.
SUGESTÃO DE PAUTA A participação dos comunicadores nessa campanha é o que vai fazer a diferença. Informar, mobilizar, incentivar e compartilhar informações através do rádio é um serviço à comunidade, o que dá credibilidade e respeito ao comunicador e à sua emissora.
Dicas para os comunicadores
Dia 1º de dezembro foi Dia Mundial de Luta contra a Aids – Durante o mês, você pode dedicar parte da programação da sua rádio a esse assunto, trazendo para conversar (no estúdio ou por telefone) todos os interessados em zerar a transmissões de HIV e sífilis de mãe para filho. A dica é entrevistar conselheiros, educadores em saúde, médicos, enfermeiros, representantes de organizações que trabalham com adolescentes grávidas e as próprias futuras mamães.
Procure acompanhar as atividades realizadas no seu município e entrevistar as pessoas que estão à frente da campanha sobre as ações que estão sendo feitas.
Uma conversa com um profissional de saúde ou educador em saúde é sempre bem-vinda. Ele pode falar sobre como impedir a transmissão do HIV e da sífilis da mãe para seu bebê e dar orientação às futuras mamães.
É bom sempre informar sobre as atividades dos serviços de saúde que atuam com gestantes e crianças, e falar como as mães podem acessar os serviços de saúde para fazer a prevenção.
PROGRAMA DE RÁDIO - ÁUDIOS DISPONÍVEIS!
Durante todo o mês de dezembro, você encontrará novos áudios sobre o tema da prevenção às DSTs e outros assuntos importantes no site http://www.unicef.org.br/. O programa Selo UNICEF foi dividido em vários spots para facilitar o download e a inserção nas programações das rádios parceiras. No site do UNICEF, escolha o menu "imprensa". Em seguida, na barra da esquerda, clique em "materiais para radialistas". Todos os áudios estarão lá. Você também encontra as vinhetas para produzir o seu próprio programa, além das edições do boletim Rádio pela Infância e do Informativo Selo UNICEF.
Você está recebendo, em anexo, 4 spots sobre o tema do mês. É só baixar e reproduzir na sua emissora. Não deixe de entrar no site do UNICEF para buscar os outros materiais!
ESPAÇO DO RADIALISTA
Envie opiniões, críticas, dúvidas e sugestões para a caixa postal 2440, Brasília-DF, para o e-mail selo@escolabrasil.org.br ou para o fax (61) 3202-1720
EXPEDIENTE
Edição: Heloisa d'Arcanchy Reportagem: Cácia Cortez Design: Márcio Duarte – M10 Design OSCIP Escola Brasil SRTVN 702, Ed. Brasília Rádio Center, 4033. CEP 70.719-900, Brasília-DF. Tel.: (61) 3202-1720. selo@escolabrasil.org.br.
Escritórios do UNICEF
Pará: belem@unicef.org Amazonas: hgirade@unicef.org Maranhão: saoluis@unicef.org Ceará: fortaleza@unicef.org Pernambuco: recife@unicef.org Bahia: salvador@unicef.org São Paulo: saopaulo@unicef.org Rio de Janeiro: riodejaneiro@unicef.org Brasília: brasilia@unicef.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário