segunda-feira, 5 de maio de 2014

LÍDER DO TRÁFICO EM NORONHA ERA UM ILHÉU

Detalhes da Operação Paraíso, deflagrada na segunda pelo Departamento de Repressão

ao Narcotráfico (Denarc), foram divulgados ontem pela Polícia Civil de Pernambuco. A

operação desarticulou uma quadrilha de classe média acusada de comandar o tráfico de

drogas em Fernando de Noronha. O tráfico era abastecido por fornecedores do Recife,

Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Um morador da ilha é apontado como

principal distribuidor dos entorpecentes.

Diferente do que havia sido divulgado anteriormente, foram cumpridos 11 mandados

de prisão preventiva, e não 10. Sete pessoas foram presas no arquipélago e trazidas

para a capital pernambucana em um avião da Polícia Federal. Um outro suspeito, que

também foi capturado na ilha, já estava preso no Cotel desde fevereiro. Os agentes

prenderam ainda um homem no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife,

informação retificada pela polícia, outro em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e

uma mulher em Natal (RN).

As investigações tiveram início em outubro do ano passado, a partir de denúncias dos

próprios moradores da localidade, e apontou que o tráfico de drogas como cocaína,

maconha, crack e LSD já era realizado pelo grupo há pelo menos dois anos. Os

entorpecentes eram vendidos tanto para turistas quanto para moradores. Segundo a

polícia, os valores obtidos com a venda da droga era praticamente o dobro do que seria

cobrado na Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, João Leonardo Cavalcanti,

titular da 3ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, a droga entrava no arquipélago

por meio dos Correios e encomendas aéreas. "Os acusados colocavam os entorpecentes

dentro de embalagens de alimentos para não levantar suspeitas", explicou o delegado.

O ilhéu Wagner Rogério Oliveira da Silva, 28 anos, natural de Fernando de Noronha,

é apontado pela polícia como o principal distribuidor da droga. Conhecido como Pit,

ou Rogério Pitbull, recebia os entorpecentes e realizava o repasse para os demais

envolvidos.

Fonte: Jornal do Commercio - Cidades - 30/04/2014

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