domingo, 11 de maio de 2014

CEDCA lança regulamento do Arte-Livre


      “Trabalho infantil não é legal”. Este é o tema da 9ª Edição do Concurso Arte Livre, realizado pelo Conselho Estadual de Defesa dosDireitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PE). Os trabalhos poderão ser entregues até às 17h do dia 30 de agosto de 2014.
      O concurso Arte-Livre tem por objetivo ampliar a discussão sobre os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, fortalecendo o protagonismo infanto juvenil através de manifestação artística e cultural eatualizar as formas de abordagens e debates sobre temáticas relativas aos direitos humanos de crianças e adolescentes.
      Poderão concorrer ao Concurso crianças e adolescentes que estejam matriculados no Ensino Fundamental ou Médio das escolas públicas ou privadas dos 184 municípios do Estado de Pernambuco e o Distrito de Fernando de Noronha. Cada estudante poderá participar apresentando apenas um trabalho.
     Uma das novidades, este ano, é que além das produções em desenho e texto, foi incluída a categoria vídeo, através da qual deverá ser estimulada aprodução audiovisual sobre a temática, totalizando quatro grupos:
A) Desenho: Crianças e adolescentes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
B) Texto: Crianças e adolescentes do 6° ao 9° ano Adolescente do Ensino Fundamental;
C) Texto: Adolescente do Ensino Médio  
C)  Vídeos: Adolescente do Ensino Médio.

      Além da inclusão da nova categoria, a seleção das produções será realizada em etapas: a primeira será na escola, onde serão definidos os melhores trabalhos das instituições de ensino cada categoria. Após esta triagem, as classificadas serão submetidas à etapa regional, onde serão selecionados os melhores trabalhos da região, um total de 68. Cada vencedor (a) regional receberá do CEDCA/PE um notebook, um kit de literatura infanto-juvenil, além de ter a produção publicada em uma agenda para o ano 2015.
      A última etapa é a seleção estadual, na qual serão premiados os quatro melhores trabalhos de cada categoria com viagem ao Distrito Estadual de Fernando de Noronha com direito a um acompanhante.

Fonte: CEDCA/PE

Rede de Combate lança a nova edição da Campanha do 18 de maio em Pernambuco

Este ano a campanha chama a atenção para a responsabilidade dos poderes públicos e da sociedade civil na proteção dos direitos de crianças e adolescentes por ocasião da Copa do Mundo.

As organizações governamentais e não governamentais que integram a Rede de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco organizam a edição 2014 da Campanha do 18 de maio, que marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual infanto-juvenil.

Em 2014, a Campanha em PE tem como tema: Copa e Megaeventos, considerando a necessidade de chamar atenção para a proximidade da Copa do Mundo e Megaeventos e para a responsabilidade dos poderes públicos e da sociedade civil no enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, particularmente no Estado de Pernambuco. O slogan da campanha é “Todos num só time: por uma Copa sem abuso e exploração sexual”.

Para isso a Rede de Combate pretende realizar ações públicas, produção e distribuição de material gráfico e ações de mídia a partir deste mês de maio, indo até a realização da Copa do Mundo em 2014. Além disso, vai buscar envolver os municípios do Estado e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, nas atividades da Campanha, através da proposição de uma agenda coletiva com o foco no tema. E procurará estimular os municípios a produzirem a campanha em sua respectivas localidades, como forma de dar visibilidade em nível Estadual das ações do 18 de maio.

Durante todo o mês de maio, a Rede de Combate organizará eventos e ações, para chamar a atenção do governo e da sociedade para o enfrentamento da desse tipo de violência contra crianças e adolescentes.

 SOBRE A CAMPANHA DO 18 DE MAIO

O 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual infanto-juvenil. A data, instituída em 2000 pela Lei 9.970, faz alusão a um crime ocorrido há 40 anos, no Espírito Santo, quando Araceli Cabrera, então com 8 anos, foi violentada e assassinada e os criminosos continuaram impunes.

Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, desde o momento em que Araceli entrou no carro dos assassinos até o aparecimento de seu corpo, desfigurado pelo ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória. Poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.

Apesar da cobertura da mídia e do especial empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte, contudo, ainda causa indignação e revolta.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de crianças e adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as crianças e adolescentes.

O objetivo da Campanha é derrubar o muro do silêncio em torno da violência sexual cometida contra crianças e adolescentes, sustentado pela indiferença da sociedade e pela cultura da impunidade dos agressores. A Campanha visa uma grande mobilização social, convocando a atenção da sociedade para a situação de crianças e adolescentes na exploração sexual e a responsabilidade de todas e todos em combater este crime.

Tema da campanha deste ano chama a atenção para a violação de direitos relacionados aos megaeventos esportivos

Este ano, considerando a proximidade da Copa do Mundo em junho, a Rede de Combate em parceria com a Rede ECPAT Brasil e demais instituições propõe o debate e o estímulo à reflexão sobre as ações que estão sendo desenvolvidas no Estado de Pernambuco para esses grandes eventos esportivos.

Grandes multidões concentradas em eventos fazem parte da tradição e do cotidiano do estado de Pernambuco. Em 2012, por exemplo, pelo menos 12 milhões de pessoas passaram pelas cidades pernambucanas durante festejos populares como o Carnaval, as festas juninas e os ciclos de festivais de verão e de inverno. A Copa do Mundo não concentrará tantas multidões com aquelas que se formam no carnaval, porém deverá provocar situações inusitadas, fora da rotina dos operadores locais do sistema de garantia de direitos.
A expectativa é que a natureza dos delitos registrados nas semanas da Copa vá além daqueles mais comuns durante os eventos culturais, como a exploração do trabalho infantil e a comercialização de bebidas alcoólicas para adolescentes. Com o aumento de turistas de culturas e nacionalidades diferentes circulando pelas principais capitais do Nordeste, a possibilidade de casos de abuso, exploração sexual e o tráfico de crianças aumentam.
Entretanto, há uma preocupação, por parte dos movimentos sociais, entidades da sociedade civil e o poder público, de como a concretização desse evento irá afetar a vida das crianças e adolescentes, principalmente daquelas que vivem em torno da Cidade da Copa e na rota turística do Estado. Por isso é importante desenvolver ações de enfrentamento a violações de direitos de crianças e adolescentes não só para o período de realização dos jogos da Copa, mas no período que antecede sua realização.
            Apesar do desenvolvimento econômico do Estado e indiscutível a fragilidade das políticas sociais e em especial das políticas de segurança e atendimento às vítimas de violência sexual.
A Campanha visa ainda o envolvimento de parceiros e a sensibilização de adolescentes, famílias e comunidades para a necessidade de superar a discriminação histórica que culpa e desqualifica a vítima da exploração sexual, a exemplo do recente e espantoso posicionamento do Supremo Tribunal de Justiça diante de caso de exploração sexual envolvendo 3 crianças de 12 anos, sob argumentos considerados inconstitucionais e negadores da dos princípios preconizados no Estatuto da Criança e do adolescente.
A Rede de Combate defende que os poderes públicos do Estado e dos municípios assumam responsabilidades explícitas na ampliação e qualificação dos serviços de atendimento às crianças e adolescentes, em especial as vítimas de violência sexual, uma vez que os preparativos para copa não podem restringir-se às metas de tráfego, receptivo e seguranças para os turistas. O cuidado com a população e prioritariamente, com a população infanto-juvenil deve ultrapassar a dimensão do discurso e estar expressa em compromissos e ações efetivas que garantam um sistema de prevenção às violências contra crianças e adolescentes antes, durante e depois da Copa de 2014.

CONTEXTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM PERNAMBUCO

O Estado de Pernambuco é constituído por 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, possui cerca de 8.413.593 habitantes, distribuídos em 12 Regiões de Desenvolvimento. Suas características culturais geográficas são com bastantes diversidades, onde também existem cenários da incidência da violência sexual principalmente em suas áreas litorâneas, polos industriais e gesseiro, entroncamentos rodoviários, além de fazer parte da rota de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, como também para o turismo com fins sexuais.
Observa-se a gravidade do problema o qual exige do poder público e da sociedade, um conjunto de ações que sejam impactantes enquanto medida de prevenção e enfrentamento ao problema.
É fundamental entender que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos que vivenciam uma etapa singular no desenvolvimento pessoal. O desafio é superar a naturalização da violência contra esses grupos e gerar políticas centradas nas noções de cidadania e proteção integral. Este é o marco político do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que reforça as regras da Constituição Federal de forma a garantir os direitos econômicos, sociais e culturais de crianças e adolescentes. A classificação referenciada no ECA, Criança corresponde à pessoa entre 0 e 11 anos de idade e Adolescente na faixa etária de 12 a 17 anos de idade.
De acordo com pesquisa da Polícia Rodoviária Federal existem 1.776 pontos vulneráveis para exploração sexual de crianças e adolescentes em todo Brasil. Sendo em 65 mil km de rodovias federais, a maior parte na área urbana atingindo 65,8% e a menor 34,2%, na rural. A região centro-oeste é a que tem a maior quantidade desses pontos 398, em seguida é a região nordeste com 371, na sequência região sudeste 358, região norte com 333 e por último a região sul 316. 
Dados da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos informam que o disque 100 recebeu no primeiro quadrimestre de 2012, 34.142 denúncias atingindo em relação a 2011, um aumento de 71%. De janeiro a abril deste ano do total de denúncias registradas no disque 100, a violência sexual corresponde a 22%. Foram 7.671 registros de abuso sexual e 2.156 de exploração sexual.
Em Pernambuco, os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes registrados chegaram a 334 e as denúncias de exploração sexual atingiram o quantitativo de 117 colocando o Estado, respectivamente, na 7ª e na 5ª posição.
A relatora da CPI da Exploração Sexual Infantil, Liliam Sá, apontou em 27/09/2012 ao portal G1 PE, alguns dos graves problemas do Estado de Pernambuco:

“Ficou bem claro que existe, sim, a exploração sexual de crianças e adolescentes em Pernambuco. E também que o tráfico interno é uma realidade no Estado, que precisa ser combatida. Percebemos que falta integração do judiciário com os municípios nesse combate”. “Falta estrutura na questão da polícia de inteligência, para investigar esses casos. De 2.308 apenas dois viraram inquéritos, há uma dificuldade muito grande de detectar as redes de prostituição infanto-juvenil em Pernambuco”. “Não existe uma delegacia para crimes da internet, por exemplo, não existe essa especialização. Faltam técnicos nessa área, falta aparelhamento”.
Dados de tal relevância fazem com que seja prioritárias ações de combate e enfrentamento ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, a fim de minimizar ou prevenir os prejuízos causados.

Na proteção de crianças e adolescentes

Material retirado da Cartilha
Copa 2014 e Olimpíadas 2016 - Juntos na proteção das crianças e adolescentes,
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente,
1ª edição, São Paulo, 2012.

Em tempos de Copa do Mundo e Olimpíadas, vemos investimentos milionários em infraestrutura para sediar os eventos, receber o turismo e preparar os atletas e, do outro lado, vemos populações excluídas se tornando ainda mais fragilizadas. A Revisão Periódica Universal da ONU, lançada em 2012, questiona a violação de direitos humanos na preparação para a Copa de 2014 e aponta que a reestruturação urbana já está provocando despejos das populações locais. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) prevê que virão cerca de 7 milhões de turistas para a Copa do Mundo, ou seja, 5,5 milhões a mais do que o Brasil recebe anualmente. Nas Olimpíadas de 2016, serão 380 mil estrangeiros a mais.
Campanhas já estão sendo veiculadas no mundo todo, convidando os viajantes a fazerem um turismo de baixo impacto. É preciso estar atento à violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, entre elas, o trabalho infantil em dezenas de atividades paralelas relacionadas às obras dos estádios e dos projetos de infraestrutura. Além do trabalho nas ruas e, principalmente, a exploração sexual comercial.
A Fundação Scelles é uma organização francesa que realizou um estudo em 2012, comprovando que as grandes competições aumentam a exploração sexual comercial de crianças, adolescentes e mulheres. Em março de 2012, a Procuradoria Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente, do Mato Grosso, denunciou um site na internet que divulgava vídeos e fotos de meninas em posições sensuais, com camisetas promocionais alusivas à Copa. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, entre janeiro e março de 2011, 72% das denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes, feitas pelo Disque 100, foram registradas nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo.
Para se desenvolverem de forma saudável, as crianças precisam da proteção da família, da escola e da comunidade. É nesse ambiente seguro, que elas descobrem a si mesmas e o mundo ao redor. Quando são lançadas precocemente no mercado de trabalho, essa proteção é rompida e as crianças se veem obrigadas a enfrentar uma realidade incompreensível, adversa e insegura. Entre as piores formas de trabalho infantil, estão as práticas de exploração sexual comercial, pornografia, turismo sexual e tráfico de crianças e adolescentes, para fins sexuais. Foram definidas como crimes contra a humanidade e estão presentes e visíveis, em ocasiões como os megaeventos.

Programação de Atividades da Rede de Combate na Campanha do 18 de maio

AÇÕES
LOCAL
DATA
HORÁRIO
06|05
Coletiva de imprensa
CEDCA
9h
09\05
Futebol de campo
Quartel do Derby
9h
13\05
Seminário
SEST\SENAT-Cabo.
8 às 14h
15\05
Seminário Pensando Estratégias de Prevenção a Violência sexual nos Mega Eventos
CEFOSPE- Recife
13 às 17h
16\05
Caminhada
Parque 13 de Maio - Recife
14 às 17h

Programação do Seminário Pensando Estratégias de Prevenção à Violência Sexual nos Mega Eventos

SEMINÁRIO: Pensando Estratégias de Prevenção à Violência sexual nos Mega Eventos
Data do seminário: 15/05/2014
Horário: 13 às 17h
Número de participantes: 160
Local: CEFOSPE – End. R. Tabira, s/n, Boa Vista
Organização: Rede de Combate
13h – MESA DE ABERTURA: Rede de combate, DPCA, UFPE, CEDCA, PCR, Conselho Tutelar
13h30 – PALESTRA MAGNA: Contextualização sobre a violência sexual
Palestrante: Valeria Nepomuceno - Profª do Departamento de Serviço Social da UFPE e Coordenadora do GECRIA (Grupo de Estudos e Pesquisas da Política da Criança e do Adolescente)
14h10 - RODA DE DIÁLOGOS - Enfrentando o problema: Construindo estratégias de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Organismos participantes:
  1. Rede de combate
  2. Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente - DPCA
  3. Secretaria da Criança e Juventude - SCJ
  4. Policia Federal
  5. Policia Rodoviária
  6. Ministério Público de Pernambuco - MP
  7. Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA
  8. Poder Judiciário
15h30 -Debate
16h30 – Cooffe breack
17h00 – Encerramento

Comunicação visual da Campanha 18 de Maio/2014

A identidade adotada para a Campanha do 18 de Maio em 2014 faz uma referência visual aos estádios de futebol que sediarão os jogos da Copa do Mundo, na presença de um casal de personagens infantis, o menino e a menina, que ilustraram também a Campanha de 2011, em que o tema tratava sobre o combate ao o abuso e a exploração sexual no turismo e nas rodovias.
A principal característica do material de divulgação deste ano é a mensagem  “TODOS NUM SÓ TIME POR UMA COPA SEM ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL” para que os organizadores da copa, as entidades e agentes de turismo, governos estadual, municipais e federal, além da sociedade civil e empresas, como um todo, NÃO DEIXEM DE LADO a prioridade na garantia da integridade, física e moral, das crianças e adolescentes, em detrimento exclusivo dos grandes jogos e do turismo e dinheiro por eles gerados.
Fica a proposta explícita, no material de comunicação visual, de que a frente dos empreendimentos e negócios para esses grandes jogos está em primeiro lugar a dignidade e a proteção de todas as crianças e adolescentes na sociedade.








segunda-feira, 5 de maio de 2014

Ética na sala de aula

Ao abordar o tema “Ética na sala de aula”, indispensável se faz esclarecer primeiro

o que seja ética. Segundo consta nos dicionários de Aurélio e Houaiss é: “o conjunto

de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano” e, também, “o

estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta do ponto de vista do bem e do

mal”. Filosoficamente, de acordo com a Academia Brasileira de Letras, é: “o estudo dos

valores e normas que permeiam a conduta humana dentro da vida prática”.

Entretanto, apesar desses ensinamentos, em todas as partes do mundo, a falta de

ética, principalmente entre os mais jovens, tem sido constante e, quase sempre, mais

frequente nas dependências das escolas. A desordem, os casos de bullings a colegas

e até agressões a professores e alunos são, lamentavelmente, fatos corriqueiros e

persistentes na atualidade.

É sabido e dispensa comentários que o aluno vai à sala de aula para estudar. Evidente

que para aprender os ensinamentos que lhe são ministrados pelos mestres. Isso, todavia,

poderia ocorrer de forma pacata e ordeira. Todavia, nem sempre ocorre assim e muitos

demonstram, cada vez mais, que lhes falta a devida e indispensável educação.

Infelizmente, raros são aqueles que ainda sabem dizer: “obrigado” ou “por favor”.

Para que isso aconteça, torna-se necessário que cada aluno saiba diferenciar o certo do

errado.

Entretanto, para alguns, o errado é muito mais fácil e coerente, o que, em verdade, não

é, e jamais deverá ser. Assim, correto, eticamente, é seguir o que é certo, mesmo que

essa circunstância seja um pouco mais difícil ou, até mesmo, bem mais trabalhosa.

Evidente está que para se atingir tal fim torna-se indispensável aprender a ser ético,

já que ninguém nasce com esse dom, qualidade que só se adquire ao longo da vida.

E para que sejam alcançados tais objetivos, os jovens precisam levar para a escola

os mais lídimos ensinamentos obtidos em casa, através dos pais, pois cabe a eles a

incumbência principal de corrigir seus filhos, quando ainda jovens, para que, no futuro,

equivocadamente, não venham prejudicar com seus erros e atitudes condenáveis seus

semelhantes.

Lembro bem, ainda professor e dirigente de uma escola superior, que, em meu primeiro

dia de aula, ao adentrar na sala, encontrei um aluno, que, embora sentado, estava

com os pés sobre outra cadeira e o par de sapatos bem perto de minha mesa. Distraída,

uma velha amiga permanecia fazendo tricô, enquanto, ao seu lado, um colega saciava

sua sede com um coco bem verdinho. Próximo, outro tirava baforadas de seu cigarro,

impregnando o ambiente e, também, intoxicando com a fumaça um casal que trocava

carícias amorosas.

A ética claro está que não deva ser exclusiva na sala de aula, mas sim em todos os

lugares.

Fonte: Diário de Pernambuco

PM E RIOMAR PROMOVEM PROJETO SOCIAL

Capacitar crianças e adolescentes em sala de aula para que eles possam se proteger da

violência e das drogas é o objetivo de um projeto da Polícia Militar que tem início hoje,

em escolas públicas do Estado. O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à

Violência (Proerd) conta com apoio do RioMar Shopping .

A intenção dos encontros é estimular crianças e adolescentes a desenvolverem

autoconhecimento, habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal. Dessa

forma, eles adquirem autonomia para tomar decisões de forma responsável e terão

facilidade de reconhecer e enfrentar as pressões diárias para o uso de drogas e a prática

da violência. A polícia ainda atua de maneira conjunta com professores, especialistas

no assunto, pais e comunidade.

As aulas são ministradas por PMs capacitados e que atuam em sala de aula durante

encontros semanais com uma hora de duração. O Proerd tem como base o Drug Abuse

Resistance Education (Dare), criado pela professora Ruth Rich em parceria com o

Departamento de Polícia da cidade de Los Angeles, no Estados Unidos, em 1983. O

programa chegou ao Brasil em 1992, por meio da Polícia Militar do Rio de Janeiro, e

passou a ser aplicado em todo os Estados em 2002.

De acordo com o coordenador executivo do Proerd, Major Roselito Delmito, a meta do

projeto é capacitar 5 mil alunos em todo Brasil até dezembro de 2014.

Fórum: Jornal do Commercio - Cidades - 30/04/2014

LÍDER DO TRÁFICO EM NORONHA ERA UM ILHÉU

Detalhes da Operação Paraíso, deflagrada na segunda pelo Departamento de Repressão

ao Narcotráfico (Denarc), foram divulgados ontem pela Polícia Civil de Pernambuco. A

operação desarticulou uma quadrilha de classe média acusada de comandar o tráfico de

drogas em Fernando de Noronha. O tráfico era abastecido por fornecedores do Recife,

Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Um morador da ilha é apontado como

principal distribuidor dos entorpecentes.

Diferente do que havia sido divulgado anteriormente, foram cumpridos 11 mandados

de prisão preventiva, e não 10. Sete pessoas foram presas no arquipélago e trazidas

para a capital pernambucana em um avião da Polícia Federal. Um outro suspeito, que

também foi capturado na ilha, já estava preso no Cotel desde fevereiro. Os agentes

prenderam ainda um homem no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife,

informação retificada pela polícia, outro em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e

uma mulher em Natal (RN).

As investigações tiveram início em outubro do ano passado, a partir de denúncias dos

próprios moradores da localidade, e apontou que o tráfico de drogas como cocaína,

maconha, crack e LSD já era realizado pelo grupo há pelo menos dois anos. Os

entorpecentes eram vendidos tanto para turistas quanto para moradores. Segundo a

polícia, os valores obtidos com a venda da droga era praticamente o dobro do que seria

cobrado na Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, João Leonardo Cavalcanti,

titular da 3ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, a droga entrava no arquipélago

por meio dos Correios e encomendas aéreas. "Os acusados colocavam os entorpecentes

dentro de embalagens de alimentos para não levantar suspeitas", explicou o delegado.

O ilhéu Wagner Rogério Oliveira da Silva, 28 anos, natural de Fernando de Noronha,

é apontado pela polícia como o principal distribuidor da droga. Conhecido como Pit,

ou Rogério Pitbull, recebia os entorpecentes e realizava o repasse para os demais

envolvidos.

Fonte: Jornal do Commercio - Cidades - 30/04/2014