sexta-feira, 24 de maio de 2013

Adolescentes fazem ato contra a exploração sexual de crianças e adolescentes em megaeventos esportivos



Créditos: Yuri Kiddo   

Créditos: Yuri Kiddo 

Yuri Kiddo, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz
Quem passou pela Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde da última terça, 14 de maio, foi surpreendido por cerca de 50 adolescentes dançando a música "É uma partida de futebol”, do Skank. A cada passo, baseado nos movimentos de atletas de diversos esportes, os integrantes do grupo chamavam a atenção para uma questão a ser pensada também com a proximidade de grandes eventos no país: o aumento de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
“A ideia de relembrar o futebol, vôlei, natação e outros esportes durante a coreografia é para alertar que esses eventos não trazem somente festa para o Brasil”, contou Maria Aparecida, de 17 anos.
O ato foi organizado pela Rede de Adolescentes e Jovens Pelo Esporte Seguro e Inclusivo (Rejupe), com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Viração Educomunicação. “Há previsão de aumento de 40% no índice de turismo sexual na época da Copa. Queremos sensibilizar os responsáveis para que providências sejam tomadas”, aponta um dos diretores de adolescentes da Rejupe, Carlos Eduardo Ferreira.
Em relação aos megaeventos esportivos, o Brasil irá sediar a Copa das Confederações em junho deste ano, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. 
 

Créditos: Yuri Kiddo  
“É um movimento de conscientização que vai refletir nos olhares de outras pessoas aqui. A Copa está chegando, mas é só festa?” Evelin Ferreira Ribeiro, 15 anos. 

Créditos: Yuri Kiddo
“Estamos levantando o astral da juventude de todo o Brasil com a Rejupe para mobilizar e conscientizar os adolescentes e adultos também sobre diversas questões”, Talita Moreira, 17 anos.


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“A Copa do Mundo pode deixar um bom legado sim, mas o Brasil não está preparado para isso agora, estamos muito vulneráveis”, Jenicleide Santos, de 15 anos.

“É muito importante a participação em temas como esse porque a exploração sexual e também o trabalho infantil vão aumentar muito e não deveriam nem existir”, Paulo Ricardo Nascimento, 14 anos.

Fonte: Pró-Menino

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