quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Circular NE2013/006-RA - Edital de Seleção da KNH Brasil: Consultoria sobre PPI e Termo de Referência


EDITAL DE SELEÇÃO DA KNH BRASIL Nº 01/2013

A KNH BRASIL é a representação da Kindernothilfe e.V, na Alemanha, com sede na cidade de Duisburg. No Brasil, a KNH atua através de três escritórios regionais, KNH Brasil Nordeste, KNH Brasil Sudeste e Centro Oeste e KNH Brasil Sul, conforme endereços:
KNH BRASIL NORDESTE
CNPJ: 07.955.695/0005-38
Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 4023 – Sala 1202
Edf. Centro Empresarial de Boa Viagem – Boa Viagem – Recife/PE
CEP: 51021-040
Fone/Fax: 00 55 81 3462.4700 / 3341.9806

KNH BRASIL SUDESTE/CENTRO OESTE - SECO
CNPJ: 07.955.695/0002 - 95
Av. Amazonas, 314 – Sala 1902 – Edif. Belbanco – Centro - Belo Horizonte/MG
CEP: 30180.906
Fone/Fax: 00 55 31 3463.5200 / 3467.3337
E-mail: seco@knhbrasil.org.br

KNH BRASIL SUL
CNPJ: 07.955.695/0003 -76
Rua André Puente, 357 – Bairro Independência - Porto Alegre/RS
CEP: 90.035-150
Fone/Fax: 00 55 51 3312.2052 / 3312.2052
E-mail: sul@knhbrasil.org.br

Objeto do Contrato -  contratação de profissionais para exercer a função de consultores independentes, para facilitar duas oficinas em cada escritório regional, sendo o primeiro módulo em maio, por um período de 03 dias; o segundo módulo em novembro, por 04 dias. Cada consultor regional será diretamente contratado,  conforme a Região de atuação da KNH Brasil acima mencionada.
Cargo - Consultor Técnico, sendo  01 vaga para o Regional Nordeste, 01 vaga para o Regional Sul e 01 vaga para o Regional SECO.
Formação Acadêmica: Nível Superior e/ou Mestrado em Pedagogia, Educação, Ciências Sociais, Ciências Humanas, Estudos de Desenvolvimento ou Formação Profissional similar.

Critérios para Seleção
·         Experiência comprovada em facilitação de oficinas e aplicação de métodos interativos e participativos.
·         Bons conhecimentos dos direitos da criança e do adolescente e da temática de proteção infantil.
·         Bons conhecimentos e experiência na elaboração de informes de monitoramento.
·         Experiência no trabalho com crianças e adolescentes.

Contato e Prazo
Os interessados encaminharão, proposta de honorário para a prestação de serviços e Currículo até 11/03/13 para os seguintes e-mails:

Ø   KNH Brasil Nordeste - ray@knhbrasil.org.br

Ø   KNH Brasil SECO – andréia@knhbrasil.org.br

Ø   KNH Brasil Sul – sergio@knhbrasil.org.br
                                                                                                           
Seleção
A contratação dar-se-á mediante a análise de currículo e, caso necessário, uma entrevista. O resultado da seleção ocorrerá até o dia 30/03/13 e cada Regional entrará em  contato com o (a)  profissional selecionado (a).
Termo de Referência
Em anexo,  segue o Termo de Referência

KNH Brasil, 22 de fevereiro de 2013.



 Termos de Referência

Facilitador Nacional Proteção Infantil (Brasil)


1. Informações de fundo

1.1 A Kindernothilfe
A Kindernothilfe e.V. (KNH) é uma organização não-governamental (ONG) fundada em 1959. A Kindernothilfe coopera com ONGs locais e redes em 30 países na África, Ásia, América Latina e Europa Oriental para contribuir para a proteção e realização dos direitos de crianças e adolescentes.
A Kindernothilfe promove aproximadamente 780.000 crianças e adolescentes com programas e projetos possibilitando as crianças e aos adolescentes em situações de vulnerabilidade pessoal e social, negligenciados e/ou vitimas de violência oportunidades sustentáveis para crescer e desenvolver suas potencialidades.
Na Alemanha, Áustria, Suíça e Luxemburgo, a Kindernothilfe implementa ações de sensibilização, educação e articulação referente as políticas de desenvolvimento e particularmente com o fim de contribuir para a realização da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
A Kindernothilfe fundamenta seu trabalho nos valores cristãos. O objetivo de seu trabalho é um mundo, onde crianças e adolescentes tenham a oportunidade de viver uma vida digna e possam desfrutar de seus direitos não obstante seu pano de fundo social, econômico, político ou religioso.

1.2 Reconhecendo o problema de abuso infantil e maus-tratos
O abuso e os maus-tratos[1] de crianças, adolescentes e outras pessoas vulneráveis são problemas no mundo inteiro, existindo tanto em países em desenvolvimento como também em países industriais. São problemas com raízes profundas em práticas culturais, econômicas e sociais. Dos 2.2 bilhões de crianças no mundo, 1.9 bilhões (86%) vivem em países em desenvolvimento. Mais de 98% das crianças em condição de extrema pobreza vivem em tais países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 10% dos meninos e 20% das meninas no mundo todo são vítimas de violência sexual ou abuso. Crianças com deficiência correm um risco duas vezes maior de serem afetados em comparação a crianças sem deficiência. Além disso, crianças em acolhimento institucional ou em outros regimes institucionalizados fazem parte do grupo de alto risco. Elas necessitam uma proteção especial.
Os sucessos e as discussões dos últimos anos também mostraram que crianças e adolescentes em instituições - sejam estatais, privadas ou da igreja - como também crianças e adolescentes em projetos têm sofrido maus-tratos ou abuso por parte de funcionários, voluntários, doadores, etc.
A Kindernothilfe reconhece a sua responsabilidade de proteger crianças e adolescentes apoiados por seus parceiros diante de possíveis riscos que possam surgir dentro de nossa organização, dentro de organizações sociais e dentro de nossos programas de cooperação.

1.3 Estratégia da Kindernothilfe - Programa de capacitação para organizações sociais
Com o fim de aumentar nossos esforços para responder a casos de abuso infantil e preveni-lo dentro de nosso trabalho, a Kindernothilfe associou-se à rede internacional “Keeping Children Safe Coalition” e segundo os padrões implementados por KCS começou a elaborar uma Política de Proteção Infantil. Estes padrões também deveriam ser válidos nas Políticas de Proteção Infantil de nossos parceiros. Nosso propósito comum é fornecer a maior possível prevenção para as crianças e aos adolescentes em nossos projetos e apoiar as crianças e adolescentes que sofreram abuso ou maus-tratos.
Todos os nossos parceiros já foram informados sobre o atual processo em andamento. Para identificar o status quo referente ao tema de proteção infantil em cada organização, os parceiros foram perguntados mediante um questionário sobre o status quo de seu trabalho. As respostas ajudaram a KNH a elaborar oficinas específicas de proteção infantil que são sintonizadas com as necessidades de cada país. A partir do ano 2012 está sendo implementado um extenso programa de capacitação para familiarizar nossos parceiros com os padrões de proteção infantil. Eles poderão participar em diferentes oficinas especiais oferecidos ou pela Kindernothilfe nos países respectivos ou por outras organizações que cooperam com a “Keeping Children Safe Coalition”. As oficinas da Kindernothilfe serão facilitadas pela equipe de Proteção Infantil da Kindernothilfe e consistirão em dois módulos.

O sistema de capacitação

O sistema de capacitação consistirá na implementação de duas oficinas de três a quatro dias, ligadas entre si e baseadas em um processo de assessoria constante para as organizações sociais.
As oficinas se baseiam no material didático de KCS e serão facilitados por um “facilitador regional”, responsável pelas oficinas em todos os países da América Latina, e por um “facilitador nacional” para cada Regional no Brasil (KNH-Brasil SUL, NE, SECO), sendo o responsável pelo acompanhamento individual de todas as organizações sociais no devido Regional durante o processo de elaboração e implementação de suas Políticas de Proteção Infantil.

a) Módulo 1
Dentro da capacitação do Módulo 1 (duração: três dias), os participantes da oficina conhecerão os elementos e instrumentos principais de um sistema de proteção infantil, aprendendo mediante exercícios interativos e exemplos práticos. Os participantes começarão a desenvolver uma Política de Proteção Infantil para sua organização.

Os seguintes conteúdos fazem parte do Módulo 1:
·         O marco cultural e legal para os direitos da criança e a proteção infantil
·         Abuso infantil e maus-tratos: Tipos de abuso e maus-tratos, atitudes e valores, definições
·         Identificação e manejo de riscos
·         Porque elaborar uma PPI?
·         Padrões da “Keeping Children Safe Coalition”
·         Elementos da PPI
·         Auto-avaliação de organizações (Ferramenta de avaliação auto-aplicada)
·         Estratégias preventivas (Recursos Humanos, Código de Conduta)
·         Estratégias preventivas (Padrões de Comunicação)
·         O sistema de manejo de casos (Atores, funções, processos, proteção de vítimas etc.)
·         Elaboração de um plano de ação/estratégia de implementação

b) Assessoria individual
O “facilitador nacional” aconselhará às organizações sociais durante o processo de elaboração das Políticas de Proteção Infantil. Por conseguinte, conta-se com duas visitas de meio dia de duração à cada organização parceira. Além disso, os parceiros podem consultar o facilitador por telefone ou por e-mail.
O objetivo do acompanhamento individual é apoiar e fortalecer os parceiros durante o processo e esclarecer perguntas específicas ou individuais em relação à elaboração e implementação da política.

c) Módulo 2
O Módulo 2 (duração: quatro dias), que se implementará aproximadamente seis a nove meses depois do Módulo 1, analisará em detalhe o desenvolvimento dos diferentes elementos principais do sistema de proteção infantil. Haverá um foco especial na participação de crianças e adolescentes nos procedimentos de proteção infantil e outro na introdução de mecanismos de proteção infantil que se baseiam na comunidade. A equipe de Proteção Infantil da KNH ainda não terminou a elaboração do conteúdo detalhado do Módulo 2.

Grupo alvo da capacitação
·         Membros das diretorias/gerência das organizações e coordenadores de programa
·         1 pessoa por organização
·         No máximo 30 pessoas por oficina

2. Objetivos das capacitações

Os participantes
·         conhecem o marco legal dos direitos de crianças e adolescentes e sabem contextualizar a proteção infantil neste marco e no contexto nacional e local
·         sabem definir as diferentes formas de abuso e maus-tratos
·         conhecem estratégias eficientes de prevenção e de manejo de casos
·         têm a capacidade de elaborar uma PPI para sua própria organização incluindo atores relevantes
·         têm a capacidade de pôr em prática a PPI dentro do contexto de sua organização
·         sabem como fomentar a participação das crianças e adolescentes dentro do sistema de manejo de casos


O “facilitador nacional”
·         co-facilita as oficinas de Módulo 1 e 2 em cooperação com o “facilitador regional” em um país
      aplicando a metodologia da Kindernothilfe que se baseia nos padrões de “Keeping Children Safe”
·         dá conselhos específicos às organizações sociais (mediante visitas, ligações ou correios eletrônicos) enquanto elaboram e implementam sua PPI.

3. Requisitos

Exigem-se as seguintes capacidades:
·         Mestrado em Pedagogia, Educação, Ciências Sociais, Estudos de Desenvolvimento ou formação profissional similar
·         Experiência comprovada em facilitação de oficinas e aplicação de métodos interativos e participativos
·         Bons conhecimentos dos direitos da criança e do adolescente e da temática de proteção infantil
·         Bons conhecimentos e experiência na elaboração de informes de monitoramento e distribuição de informações estruturadas sobre o processo atual em andamento
·         Experiência no trabalho com crianças e adolescentes é uma vantagem

4. Metodologia e marco temporal

A estrutura e o programa das oficinas serão fornecidos pela Kindernothilfe. A KNH também porá à disposição um amplo material de trabalho relacionado aos temas aprendidos nas oficinas (apresentações de PowerPoint, exercícios para o trabalho em grupo, folhas informativas, etc.).

Durante o ano 2013 são planejadas duas oficinas em cada Regional no Brasil .

País
Número de sócios
Número de oficinas
Regiões
2013
2014


Brasil
30 participantes por  Oficina,  em cada Regional.
Duas Oficinas em cada Regional (maio e novembro)
KNH Brasil Nordeste,
KNH Brasil Sudeste e  Centro  Oeste,
KNH Brasil Sul
I e II Módulos Maio e Novembro (Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre



A Kindernothilfe colocará à disposição todas as informações sobre as organizações sociais e seu status quo em relação à elaboração de uma Política de Proteção Infantil como base de um plano detalhado de ação do “facilitador nacional”.

5. Resultados desejados

·         Um informe de cada oficina dando informações sobre a motivação, o conhecimento e desafios de proteção infantil das organizações participantes.
·         Informações contínuas e informes sobre o status quo das organizações referente à elaboração de uma Política de Proteção Infantil indicando claramente os êxitos, desafios e restrições de cada organização parceira.

6. Modo de pagamento

Será acordado um honorário diário entre o “facilitador nacional” e o escritório de KNH-Brasil. Paga-se por:
·         dias de oficina, um dia de preparação e um de conclusão para cada oficina;
·         visitas de monitoramento e consulta às organizações sociais;
·         dias de viagem, custos de viagem e alojamento.

O honorário será transferido antecipadamente por trimestre baseado no plano de trabalho detalhando as datas das oficinas, o programa calculado de visitas (dependendo da demanda das organizações sociais pode modificar) e uma declaração financeira.

7. Contrato

O devido escritório de KNH Brasil contratará o consultor de forma independente. O contrato se baseará no plano de trabalho anual e no pressuposto respectivo para o cargo.


Contato: Escritórios de KNH Brasil


[1] Definição da Organização Mundial de Saúde (1999): “O abuso ou maus-tratos infantis consistem em todas as formas de maus-tratos físico e/ou emocional, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente ou exploração comercial ou qualquer outro tipo de exploração que resultam em danos reais ou potenciais à saúde, desenvolvimento, sobrevivência ou dignidade no contexto de uma relação de responsabilidade, poder ou confiança.”

Fonte: KNH Brasil Nordeste


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