Com informações do O Globo
Segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho no Ceará, cerca de 1.068 milhão de crianças de 10 a 14 anos trabalham no Brasil. O estudo, feito com base no Censo 2010, constatou aumento de 2000 a 2010 no número de meninos e meninas de 10 a 14 anos trabalhando em 16 Estados: o maior crescimento foi em Tocantins, Ceará, Piauí, Espírito Santo e Paraíba. O Sistema de Informações sobre focos de Trabalho Infantil, do Ministério do Trabalho, registrou, até este início de novembro, 7.133 denúncias, nas áreas da construção civil, serrarias, pecuária e carvoaria.
Precariedade – De acordo com o Ministério, o Peti, atende hoje 851.665 mil crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. O total de repasses para as bolsas do Programa este ano já passa dos R$ 9 milhões. Desde 2005, o Programa está integrado ao Bolsa Família e, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, “Um dos problemas para a execução do Peti é o mau funcionamento dos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Muitos ou não estão instalados, ou funcionam de forma precária, sem pessoal suficiente ou corpo técnico qualificado”, diz o procurador Ailton Benedito de Souza. Além disso, para a educadora social Michely Galdino, há uma “resistência” para as famílias que estão inseridas no Bolsa ingressarem no Peti pelo fato de terem que deixar ter atividade econômica. “A família que está no Bolsa Família acaba garantindo a renda. Mas isso não quer dizer que a criança deixa de trabalhar, dividindo o tempo entre trabalho e escola”.
Mobilização – A Fundação Telefônica, em parceria com o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência) e OIT (Organização Internacional do Trabalho), está promovendo a Campanha É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente. O objetivo é dar visibilidade ao tema do trabalho infantil e adolescente com foco na sensibilização via redes sociais. A ação propõe aos cidadãos que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações nas redes sociais abertas, no twitter e nos blogs.
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Fonte: Pró-Menino
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