Não são as rebeliões dos meninos de Abreu e Lima que me assustam
Mas sim o silêncio na unidade da FUNASE no Cabo
Como me alegrar se moro na capital que mais mata adolescentes no País.
Como andar, se o toque é de recolher.
O que me entristece são as capitanias hereditárias;
Que nos ditam normas;
O que me envergonha é a falta de coragem para desmascarar
Negócios decididos entre quatro paredes.
Incrível, um fundo de rabo preso pela controladoria estatal!
Não é a relutância de quem pode dar
Mas a burocracia que impede o receber
Não é a burca que esconde nossas meninas
São os muros do Internato feminino de Santa Luzia.
Vinte anos!
Quantos pactos!
Quantos planos!
Estaríamos sempre atrasados?
Quando pensamos em combater a cola.
Usavam maconha
Quando se queimavam a erva
Imperava o crack
Mas quero trazer a memória o que me dá esperança
A Política de educação em Quixaba
O caminho longo dá agente de saúde
O mover do Conselho Tutelar
As academias da cidade-porque tão poucas?
O não desistir é o pacto (mais um)
Na esperança de olhar o CEDCA como órgão de Estado e não de governo.
De ver Conselheiros (as) Tutelares dignificados com a função
De ter os Conselhos Municipais de Direitos conhecidos
Que Deus abençoe as nossas crianças e adolescentes
Amém!
JULHO DE 2010
Silvino Neto
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