85 por cento dos animais  utilizados na fabricação de pele são criados em cativeiro, para fins  comerciais. As pequenas gaiolas com grades no piso, que causam lesões  aos animais, mantêm os custos de produção baixos, e os lucros elevados.  Porém, cada animal paga o preço: uma vida marcada pelo estresse e  desprovida dos comportamentos naturais mais básicos, como, por exemplo,  correr, brincar, cavar buracos ou, até mesmo, aproveitar a luz do dia.
A maioria dos animais  criados para a indústria de peles costuma ser abatida aos oito meses de  vida, com sua primeira pelagem de inverno. Assim, a alta qualidade dos  produtos fabricados à base de pele não implica em uma vida com  bem-estar, mas sim em uma criação em gaiolas, cujos animais são abatidos  logo após a troca da pelagem infantil.
Ao final, os animais em  cativeiro se deparam com métodos terrivelmente cruéis de abate,  incluindo a eletrocussão e a retirada da pele ainda com vida. Essas  técnicas, que preservam a integridade da pele, provocam uma dor muito  intensa.
Para combater essa  crueldade em escala industrial, a WSPA apoia o maior grupo internacional  contrário à indústria de extração de peles: a Fur Free Alliance (Aliança Contra a Extração de Pele). Descubra abaixo o que você pode fazer.
Vamos acabar com a indústria de extração de peles!
Os anos 2000  testemunharam o retorno à moda das roupas de pele, comprovando, assim,  que o poder de pôr um fim à produção cabe ao consumidor – já que a  indústria cresce ou declina de acordo com a demanda do mercado.
Por favor, leve em consideração as seguintes informações, e transmita-as aos seus amigos e familiares:
-  Não existe pele “ética” ou “verde”
 
Embora o rótulo “Origem  Certificada”, concedido pela Federação Internacional de Comércio de  Artigos de Pele, tente atribuir respeitabilidade à criação de animais  para esse fim, a fragilidade das normas sobre a importação e rotulagem  desses produtos negociados em todo o mundo torna tais artigos  insuscetíveis de serem rastreados. Ainda que fosse possível a existência  de “criações humanitárias para a indústria de pele”, a origem dos bens  que chegam ao consumidor não poderia ser garantida.
O mito da indústria de  peles baseada em elevados padrões de bem-estar foi desmascarado em 2008 e  2009, por meio de investigações no interior de fazendas na Noruega,  mostrando que até mesmo uma nação desenvolvida e progressista, que  afirma produzir peles “de forma ética”, está, na verdade, criando animais em condições estarrecedoras.
A indústria “verde” de peles  também constitui uma estratégia de marketing: os animais são oriundos  de fazendas comerciais, que geram, em escala industrial, enormes  quantidades de resíduos; e a pele é processada por meio do uso de  substâncias químicas tóxicas e poluentes. O método moderno de produção  de pele acarreta um custo ambiental considerável.
-  Apliques de pele implicam em tanta crueldade quanto casacos inteiros
 
A maioria dos animais  abatidos na indústria de extração de peles acaba sendo utilizada para a  produção de apliques de pele, setor da indústria que movimenta bilhões  de dólares por ano. Em geral, eles são submetidos a maus-tratos até  piores que os animais usados para casacos inteiros – como são  necessários pedaços menores de pele, toma-se ainda menos cuidado para  evitar lesões ou doenças, já que peles de qualidade inferior são  simplesmente descartadas.
-  A indústria de pele de animais selvagens não é isenta de crueldade
 
Enquanto as fazendas de  extração de pele são extremamente cruéis, as armadilhas e arapucas-  capazes de esmagar os ossos – não oferecem nada que se assemelhe a uma  morte rápida e piedosa para animais capturados na natureza.
Além de não discriminarem  as espécies a serem capturadas, algumas armadilhas já foram  consideradas desumanas por associações veterinárias.
Medidas simples para ajudar a proteger os animais contra o comércio de extração de peles
-  Evite consumir qualquer produto à base de pele: os rótulos podem ser enganosos! As peles de cães e gatos costumam ser descritas como “vintage” ou “artificiais”, para atrair os consumidores. Dicas para evitar a compra de peles verdadeiras (em inglês)
 -  Certifique-se de que a sua loja favorita não comercializa peles
 -  Vote, ou ingresse no Design Against Fur (design contra a extração de peles): Esse concurso anual promove a criação, por estudantes de todo o mundo, de artes gráficas que exponham a crueldade da extração de peles.
 -  Saiba mais: para maiores informações sobre a criação de animais para extração de peles, sobre os animais usados nesse mercado, e para ter acesso a um guia sobre como distinguir peles sintéticas das verdadeiras, visite o site da Fur Free Alliance.
 
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